ADI elege novo secretário-geral e quer ficar no poder até pelo menos 2030

O líder da ADI e primeiro-ministro sublinhou que São Tomé e Príncipe completará 50 anos de independência em 2025, por isso, além da meta de ganhar as eleições de 2026, o partido deve trabalhar para se manter no poder até 2030.

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Rádio Somos Todos Primos

A Ação Democrática Independente (ADI), partido que compõe o Governo são-tomense, elegeu Elísio Teixeira como o novo secretário-geral e anunciou que quer manter-se no poder até pelo menos 2030 para transformar o arquipélago.

Antigo ministro da Justiça, Elísio Teixeira é jurista, deputado, líder da primeira comissão da Assembleia Nacional vocacionada para os assuntos jurídicos e constitucionais e membro do Conselho de Defesa Nacional de São Tomé e Príncipe.

Além do novo secretário-geral, foi também eleita a secretária-geral adjunta, Alá Costa, durante o Conselho Nacional da ADI realizado no domingo, no Cinema Marcelo da Veiga.

Ambos os nomes foram propostos e apresentados pelo presidente do partido, Patrice Trovoada, que sublinhou que “o critério fundamental foi a disponibilidade”.

“Muito de nós que estamos debaixo do fogo sabemos quanto disponíveis esses companheiros são e quanto preciosas têm sido as [suas] contribuições”, disse Patrice Trovoada, também primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe.

“O Elísio sobretudo está sempre pronto e disponível a qualquer hora, fim de semana, chuva, sol para trabalhar para o partido e também para apoiar o Governo em muitos trabalhos que temos para fazer e cuja especialidade dele em direito tem ajudado”, acrescentou.

Patrice Trovoada sublinhou ainda “a capacidade intelectual e a grande capacidade de produção de trabalho jurídico e não só” do novo secretário-geral da ADI, que preenche o lugar que estava vago desde dezembro de 2022, após o antigo secretário-geral, Américo Ramos deixar a função para assumir o cargo de governador do Banco Central.

O líder da ADI e primeiro-ministro sublinhou que São Tomé e Príncipe completará 50 anos de independência em 2025, por isso, além da meta de ganhar as eleições de 2026, o partido deve trabalhar para se manter no poder até 2030.

“Para nós implementarmos tudo que temos para fazer e para que o país seja um país sólido, o partido tem que ficar no poder, no mínimo, até 2030. Não é nada difícil”, precisou, dando como exemplo Cabo Verde, onde um Governo de maioria absoluta tem feito mais de um mandato.

“Esses 50 anos vão ser celebrados com a ADI no poder e é bom que as pessoas sintam que, de facto, a ADI traz algo de novo, algo de bom, algo de diferente para todo São Tomé e Príncipe”, disse.

Para isso, sublinhou que é preciso “acelerar a transformação ao nível da sociedade” e que o Governo deve cumprir com o seu programa e alcançar as expectativas da população para conseguir “ganhos a nível do crescimento económico, que por sua vez irá melhorar as condições de vida das populações”.

Segundo Patrice Trovoada, outro dos objetivos é aumentar “a coesão social, a inclusão, a justiça e também o sentimento de segurança ao nível da sociedade”.

“Há muita gente que tem esperança na ADI, há muita gente que acredita que ADI é a solução”, disse.

A ADI detém a maioria absoluta de 30 deputados na Assembleia Nacional, composta por 55 parlamentares, e conta com um acordo de incidência parlamentar com a coligação Movimento de Cidadãos Independentes-Partido Socialista/Partido de Unidade Nacional (MCI-PS/PUN), com cinco deputados.

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