Inundações dominam cidade de São Tomé em dias de fortes chuvas

A chuva e o alagamento das vias quase que eliminou a circulação de pessoas na cidade, condicionando o comércio.

País -
Rádio Somos Todos Primos

O centro da cidade de São Tomé ficou completamente inundada na manhã de hoje após algumas horas de fortes chuvas, condicionando o trânsito, os negócios e o funcionamento da administração pública.

A zona da marginal 12 de julho, entre São Tomé e a subida do Hospital Central Ayres de Menezes, era um dos pontos mais críticos, com a água da chuva a acumular-se na estrada ultrapassando os níveis dos passeios.

A situação semelhante verificou-se no centro da cidade, na zona do jardim Pensamento, perto do Mercado Municipal, e em vários outros locais da cidade, dificultando a circulação dos automobilistas e peões devido os buracos na via e nos passeios.

“Andar na cidade está a ser uma desgraça. A cidade está a parecer uma piscina ou um rio. Está muito mal, pessoa não pode andar na cidade como deve ser, tem que entrar dentro de água”, reclamou Marlene, uma cidadã ouvida pela RSTP.

A chuva e o alagamento das vias quase que eliminou a circulação de pessoas na cidade, condicionando o comércio.

“Desde a madrugada que saímos da roça para vender na cidade […]. Nem deu para vender, temos que guardar as cargas para ir para casa. Na praça não dá para circular porque está monte de água. Tem que haver mais esgotos”, apontou a comerciante, Acleide.

“Cidade não está bonita, se não se andar com jeito mete-se os pés nos buracos. Está muito mal”, acrescentou Maria Alicia, apontando para as suas mercadorias agrícolas que trouxe para vender na cidade.

Após a chuva reduzir a intensidade, a RSTP presenciou vários funcionários a retirarem águas do interior de muitos estabelecimentos comerciais, e outros ainda completamente inundados.

“Chuvada, é inundação, só prejuízo […], é sempre assim quando chove”, reclamou um comerciante apontando para o interior da sua loja de vestuário e calçado, na Praça Yon Gato, perto do gabinete do primeiro-ministro.

A inundação também tomou conta do Supremo Tribunal de Justiça, que publicou nas redes sociais vídeos mostrando a água infiltrada a cair do teto para o interior das instalações, com forte intensidade.

“Condições actuais da maior hierarquia de Justiça de São Tomé e Príncipe”, lê-se na descrição das imagens.

Numa ronda por vários serviços Públicos a RSTP verificou situação de grande vazio, quer em número de funcionários, quer pela falta ou pouca procura de público.

“É sempre assim nos dias de chuva, ninguém vem trabalhar”, disse um funcionário público que não quis se identificar.

Em finais de 2021, chuvas intensas causaram morte a duas crianças, e destruiram pontes e residências e outras infraestruturas em São Tomé, sobretudo no distrito de São Tomé, no norte da ilha.

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