Quadros técnicos estão a ser capacitados sobre a conservação da Biodiversidade

A iniciativa que está sendo desenvolvida pela Universidade Pública de São Tomé e Príncipe, enquadra-se no âmbito do projeto “Liqueza Téla Nón” que está a ser implementado desde 2020 com apoio do PNUD e financiado pelo GEF.

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Cerca de sessenta estudantes, sendo 40 da ilha de São Tomé e 20 da Região Autónoma do Príncipe e diversos quadros técnicos nacionais estão a ser capacitados em matéria de conservação da biodiversidade de São Tomé e Príncipe no âmbito do projeto “Liqueza Téla Nón”.

A iniciativa que está sendo desenvolvida pela Universidade Pública de São Tomé e Príncipe, enquadra-se no âmbito do projeto “Liqueza Téla Nón” que está a ser implementado desde 2020 por um consórcio de atores da sociedade civil, em parceria com o governo são-tomense e o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de forma a melhorar a conservação da biodiversidade e a gestão sustentável da terra e dos recursos naturais.

“A USTP congratula-se com esta iniciativa que representa um marco significativo para um compromisso coletivo de preservar e proteger a nossa biodiversidade”, disse a reitora da USTP, Eurídice Aguiar.

A responsável considerou ainda que “um dos papeis da universidade, é o de disseminar o conhecimento e culturas, partilhando ideias, perspectivas” bem como “ser agentes de mudança, contribuindo para a formação e desenvolvimento de uma sociedade mais crítica e consciente”.

“Neste sentido, a USTP no seu plano estratégico defendeu como prioridade a participação na preservação da biodiversidade”, disse Aguiar.

O coordenador do projeto “Liqueza Téla Nón”, Summer Metzer sublinhou que esta formação visa “promover a aquisição e consolidação de conhecimentos e o desenvolvimento pessoal e profissional dos técnicos direta ou indiretamente envolvidos na conservação da biodiversidade terrestre e marítima em São Tomé e Príncipe”.

Por outro lado, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Adérito Santana admitiu que “a aquisição de conhecimentos sobre a rica e excecional biodiversidade de São Tomé e Príncipe é o ponto de partida para a sua proteção e conservação”.

“A multiplicidade das instituições aqui representadas demonstra o compromisso com este nobre fim e garante que o conhecimento não ficará apenas nas instituições relacionadas com o ambiente, mas também com todas outras partes interessadas, oficiais do governo, sector privado e a sociedade civil”, precisou Santana.

No entanto, o arquipélago são-tomense tem enfrentado vários desafios, concernente a preservação e conservação da biodiversidade.

“Daí a necessidade de os quadros técnicos nacionais terem acesso a um conjunto de ferramentas que lhes permitam fazer face a esses desafios”, disse o representante do Ministério do Ambiente, Darinel Baía.

“As mudanças climáticas, a perda da biodiversidade como resultado do impacto das atividades humanas têm se tornado cada vez mais evidentes, exigindo ações imediatas e eficazes. É imperativo conhecermos a urgência da aprendizagem contínua para a mudança de comportamento, tornando-se uma componente essencial para o sucesso nas nossas atividades de conservação”, acrescentou.

O projeto “Liqueza Téla Nón” da Direção Geral do Ambiente, conta com o financiamento do GEF, orçado em mais de 4 milhões de dólares e administrado pelo PNUD.

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