Nove dos 13 ministros que compõem o Governo participaram numa reunião de avaliação do programa de cooperação com as Nações Unidas quatro deles saíram da zona de conforto e colocaram o dedo na ferida com reflexão sobre o impacto dos projetos e investimentos feitos no país que até a data não resolveram os principais problemas da população.
“Precisamos de falar a verdade e acima de tudo buscar mecanismos para estancarmos a fome […] cresci e hoje sou Governante, [mas] continuamos ainda a lutar para acabar com a fome […] não compreendo como o nosso país, com muitos parceiros a ajudarmos ainda não consegui esses resultados”, começou por pontuar o ministro da agricultura, Abel Bom Jesus.
Segundo o relatório apresentado nesta reunião de balanço, no ano passado, só as Nações Unidas investiram cerca de 16 milhões dólares em vários projetos.
Lúcio Magalhães entrou para o Governo em janeiro e foi o escolhido para a pasta da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Coordenação do Desenvolvimento Sustentável.
Educação, saúde, emprego, segurança, ambiente, agricultura, formação são das várias áreas já apontadas como prioridades para o desenvolvimento do país, mas ainda enfrentam vários desafios.
“Aqui em São Tomé fala-se muitos de projetos […] já ninguém acredita em projetos. Já agora os projetos servem à quem? Servem aqueles estão nos projetos e recebem carros e dinheiros e as condições que o Governo proporciona ou esses projetos são mesmo para o povo? questionou Lúcio Magalhães.
Com quase 50 anos de independências, num país de cerca de 1001 quilómetros quadrados e pouco mais de 200 mil habitantes, a solução para o desenvolvimento parece tardar achegar.
“Eu espero que em 2024 todas as atividades que foram aqui elencadas elas tenham uma visão sobretudo de não utilizar o dinheiro porque está disponível, mas para transformar e mudar a vida das pessoas”, defendeu a ministra da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, Ilza Amado Vaz.
As Nações Unidas mostram-se totalmente alinhadas com os pensamentos e objetivos dos membros dos Governo, por isso reafirmaram a determinação para realizar ações para se alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, com impacto na vida das populações.
“Queremos resultados visíveis, de impacto na vida pessoas e tenso que pensar em grande”, sublinhou o coordenador residente das Nações Unidas, Eric Overvest.
