Nelson Trindade é artista plástico, natural da Ilha do Príncipe e residente em Ano Bom, começou a pintar em 2019, e hoje sonha em conquistar o mundo com as suas obras, apesar de o mercado nacional ser uma das suas principais dificuldades para a venda.
“O maior meu sonho é ser um artista reconhecido na área da pintura plástica em São Tomé e Príncipe e ao nível internacional como outros artistas que eu conheço. Eu quero mesmo é ingressar nesta área, desenvolver nesta área e aplicar todo o meu potencial na área da pintura, da arte plástica em São Tomé e Príncipe”, disse à RSTP.
O artista plástico que percorreu mais de 100 km para participar na feira “Mamã África, Juventude e Sustentabilidade” promovida pela REINA o início do mês de maio, em São Tomé.
Desde a sua infância na Ilha do Príncipe, Nelson Trindade apaixonou-se pela arte de pintar. Mas foi através das pinturas do falecido Protássio Pina, que Nelson Trindade motivou-se ainda mais para dedicar-se a área.
“E depois dali, fui vendo as obras, fazendo algumas visitas em alguns lugares para ver as obras e quando aconteceu o momento da pandemia em 2019, comecei a fazer algumas pinturas, e não tinha muita perfeição, então continuei a fazer algumas pesquisas na internet, e ali comecei a fazer outras pinturas e até agora, estou cá nesta arte, porque é o que eu gosto de fazer”, sublinhou Trindade.
Pintar com amor e o que vem na alma e dar qualidade a tela, é o que este artista gosta mais de fazer.
“Porque no começo as imagens não tinham qualidade e essa experiência [que eu venho ganhando] desde 2019, eu percebo que as minhas obras têm mais qualidade, em termos de preparação da tela e também nas imagens que eu faço”, disse o artista plástico.
“As imagens que eu faço é mais de paisagens, com pintura realista, a minha inspiração é mais deste lado, tendo em conta que eu via mais o artista Protássio Pina [a dedicar] nesta área”, acrescentou.
O artista plástico disse inspirar muito na natureza para transmitir a mensagem através das suas obras, e apela para que os são-tomenses possam dar mais valor as artes nacionais.
“Existem coisas aqui em São Tomé e Príncipe que as pessoas não dão valor, mas quando elas olham para uma obra de arte [espero] que elas possam ver realmente que nós aqui em São Tomé temos algo de valor”, precisou Nelson Trindade.
O artista plástico espera futuramente, criar uma escola para ensinar e passar o legado às outras pessoas.
