Comité paraolímpico de São Tomé e Príncipe poderá não participar nos jogos de Paris2024

Criado com o objetivo de integrar as pessoas com deficiências nas atividades desportivas, o comité paraolímpico são-tomense tem envidando os esforços para a realização de competições nacionais, de forma a preparar os atletas para competirem ao nível internacional.

Desporto -
Jogos Paraolímpicos de Paris

O Comité Paraolímpico de São Tomé e Príncipe poderá ficar sem participar nos jogos paraolímpicos de Paris 2024, por falta de recursos financeiros para aquisição de bilhetes de passagem para a delegação nacional, segundo a direção da organização em entrevista concedida à RSTP.

“Nós estamos a lutar é com o bilhete de passagem que dia-a-dia está cada vez mais difícil, porque os preços estão aumentando dia após dia, mas nós estamos esperançosos de que conseguiremos ir para lá” precisou o presidente da organização, Filipe Neto.

Criado em 2012 e reconhecido em 2013 pelo Comité Paraolímpico Internacional, Comité Paraolímpico Nacional tem assegurado a participação nos jogos de Paris por dois atletas por via da universalidade e que estão na fase de preparação intensiva há alguns meses, com a previsão de deixar o país no dia 24 de agosto deste ano.

“Nós não temos meios para preparar atletas para participar nestes jogos, mas na medida do possível nós vamos estar presentes [porque] a filosofia do comité paraolímpico internacional é que todos os comités nacionais estejam presentes nos jogos, e eles dão facilidade por universalidade e nós vamos para os jogos através da universalidade” disse o secretário-geral do Comité Paraolímpico de São Tomé e Príncipe, Osvaldo Reis.

Criado com o objetivo de integrar as pessoas com deficiências nas atividades desportivas, o comité paraolímpico são-tomense tem envidando os esforços para a realização de competições nacionais, de forma a preparar os atletas para competirem ao nível internacional.

“Como sabe, o desporto é uma forma que as pessoas com deficiências conseguem integrar-se na sociedade [porque] as pessoas com deficiências se calhar são marginalizadas, e através do desporto, é a única forma que nós encontramos para essas pessoas integrarem na sociedade”, afirmou Osvaldo Reis.

A primeira competição ao nível nacional, foi realizada no ano passado. Contudo, os desafios são enormes para esta organização.

“Nós temos dificuldades em trazer mais atletas com deficiências para o Estádio Nacional, como sabe, a única parte em São Tomé que tem melhores condições para a prática do desporto, é o Estádio Nacional e nós só abdicamos em trazer alguns deficientes para o estádio porque nós não temos condições financeiras para suportar despesas com deslocação dos mesmos, e aí torna-nos muito difícil, trazer todos os deficientes para a prática do desporto”, sublinhou Osvaldo Reis.

Os jogos paraolímpicos de Paris iniciam em 28 de Agosto deste ano e a delegação são-tomense perspectiva conquistar medalhas para o país neste grande evento desportivo que terá lugar na França.

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