Um projeto da República Popular da China iniciado em 2017 tem desenvolvido várias ações visando garantir a segurança alimentar e nutricional e o combate a pobreza extrema em São Tomé e Príncipe com atividades nas áreas de agricultura e pecuária.
O projeto está na quarta fase de implementação, e esta a ser coordenado por uma equipa de especialistas chineses composta por seis elementos que estão a prestar assessoria ao país através de técnicas de agricultura e pecuária para promover a auto-suficiência alimentar.
A missão tem vários centros de demostração em São Tomé, nomeadamente, em Mesquita, no Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica, ou seja, na Base Experimental de Culturas Alimentares e Frutícolas (BECAF) e conta com vários cultivos em experiência, nomeadamente, de milhos e hortaliças.
O especialista em plantação hortícola, Jie Peng, tem desenvolvido neste campo agrícola, plantações de variedades de produtos hortícolas, aplicando técnicas experimentais da China.
A iniciativa também contempla estudantes do 4º ano de Licenciatura em Agronomia na Universidade de São Tomé e Príncipe, que têm desenvolvido estágio que permitem partilhar experiências com a equipa técnica chinesa.
“Tem sido um trabalho gratificante, temos estado a aprender algumas técnicas que não temos conhecimento, e principalmente na área biológica que é algo que estamos a tentar ver se é uma técnica de ganhar um pouco mais no terreno”, disse Denise Pereira, uma das estudantes.
Em Pinheira, no distrito de Cantagalo, a equipa técnica tem um Centro de reprodução de aves, com cerca de 6.800 galinhas poedeiras em criação.
Na comunidade de Caldeiras, no distrito de Lobata, a equipa técnica chinesa está a implementar o projeto-piloto de luta contra a pobreza que em tido resultados reconhecidos pelos residentes desta comunidade.
“O projeto é muito importante, tendo em conta que veio mudar a vida das famílias aqui na comunidade, principalmente este projeto de galinhas poedeiras […] nós temos 13 famílias que estão sendo ajudadas com a criação de gados”, declarou o líder da comunidade de Caldeiras, João Fernandes.
A equipa técnica chinesa também introduziu em algumas comunidades agrícolas, as técnicas de proteção da floresta, através da utilização de fogões económicos que evitam a utilização massiva da lenha.
“É uma mais valia, tendo em conta as vantagens que o fogão tem trazido, isto porque temos protegido as nossas cantineiras com o fumo, mesmo com o aquecimento do próprio da panela e faculta-nos bastante com esse fogão”, frisou, o responsável da escola Básica de Caldeira, Ayres Quaresma.
Para além do fogão económico, a equipa tem apoiado a escola com implementação de estufas e cultivos de hortaliças de forma a proporcionar as crianças pratos quentes e mais nutritivos.