“Os Desafios da Saúde em São Tomé e Príncipe” esteve em reflexão sob olhar de Ana Maria Costa

Ana Maria Costa sublinhou que “é preciso repensar e restruturar com profundidade a saúde em São Tomé e Príncipe”.

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Os Desafios da Saúde em STP

“Os Desafios da Saúde em São Tomé e Príncipe” foi o tema de uma palestra realizada na quinta-feira e que teve como oradora a médica e especialista são-tomense, Ana Maria Costa que apontou “vários problemas que são transversais” e apelou à união de todos para a melhoria do setor.

A iniciativa foi promovida pelo antigo embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, António Quintas que justificou o motivo da realização desta palestra face as situações registadas pelos são-tomenses que procuram melhores condições de saúde em Portugal.

“No convénio que se tem com Portugal, ministrado pela cooperação portuguesa, cabe a parte são-tomense zelar pelo pagamento dos bilhetes, subsídios de estadia para transporte em Portugal, e a parte portuguesa, encarrega dos cuidados de saúde internamente, e quando a fase de internamento termina, aí começa o problema, responsabilidades nos tratamentos ambulatórios e durante a minha estadia em Portugal tive que lidar com tudo isso e com essas dificuldades todas”, adiantou António Quintas.

A médica são-tomense, Ana Maria Costa, especialista em medicina interna, que trabalha há vários anos em Portugal, foi a oradora da palestra e reconheceu inúmeras dificuldades que o sector da saúde são-tomense tem enfrentado.

“E pelos relatos que me chegam, de facto, a situação da saúde em São Tomé e Príncipe está muito complicada e é muito difícil fazer-se um diagnóstico da causa único, há vários problemas que são transversais”, disse.

Ana Maria Costa sublinhou que “é preciso repensar e restruturar com profundidade a saúde em São Tomé e Príncipe”.

“Eu sei que nós somos pobres, que não temos muitos recursos financeiros, mas há muita coisa que se pode fazer com fracos recursos”, salientou a medica são-tomense.

Embora residente em Portugal, Ana Maria Costa tem acompanhado à distância a situação da Saúde em São Tomé e Príncipe, procurando sempre dar a sua contribuição de forma crítica para melhorar a situação.

É preciso uma restruturação, é preciso uma reformatação, é preciso que haja uma consciencialização [porque] a saúde não é de ninguém […] a saúde é um bem de todos nós, e é tão válido estar a funcionar e ser útil para mim como profissional, como para o meu utente”, reforçou Maria Costa, defendendo que “é preciso humanizar o sistema da saúde” no arquipélago.

Estiveram presentes nesta palestra vários representantes das organizações da saúde e diversas individualidades nacionais que se juntaram para o momento de discussão e reflexão.

O médico Aleixo Pires apontou a falta de educação nos cuidados sanitários como um dos fatores que têm fragilizado a saúde dos são-tomenses.

“Há coisas que nós temos é que melhorar, mas para melhorar, eu digo sempre, é a educação. Uma pessoa educada [e] onde o estado consegue educar o seu concidadão, então será muito mais fácil porque hoje o estado são-tomense paga muito caro aquelas despesas com um utente”, frisou.

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