Duas crianças de 4 e 13 anos morreram carbonizadas num incêndio, na noite de sábado, 15 de junho, na localidade de Água Porca, distrito de Água Grande, em São Tomé, aumentando para 9 nove o números de vítimas infantis em incêndios em São Tomé e Príncipe.
Segundo testemunhas, o fogo terá iniciado por volta das 22 horas. A proprietária da casa, Elisa de Ceita, conta que fez tudo para salvar as crianças, mas não conseguiu.
“Eu não sei aonde surgiu o incêndio, só sei que quando eu despertei do sono eu só vi a chama no quarto dos miúdos, tinham três crianças na cama, e o mais novo que conseguiu sair sozinho no meio da chama e eu não tinha como fazer nada”, conta Elisa de Ceita, mãe das crianças e proprietária da casa.
A sinistrada disse que saiu pedindo “socorro”, mas não encontrou ninguém que pudesse a ajudar “no momento”.
“Só eu e o meu primo por volta das 22 horas, e não tinha ninguém. Quando eu deparei [o fogo] já estava muito alto e o miúdo só estava a gritar para eu o socorrer, que eu tentei entrar e o cortinado começou a pingar e me queimou no braço e eu não tinha como entrar”, revelou a sinistrada.
Elisa de Ceita, reconheceu o apoio que teve do seu primo durante o sucedido.
“Graças a ele que conseguiu abrir a porta, que eu saí para rua. Ele fez de tudo para tirar os miúdos, mas não conseguiu”, disse.
“Foi no momento em que eu estive a dormir, ela foi me acordar dizendo que é para ir ver algo, e quando eu cheguei no local [a casa] estava muito em chama que não consegui diretamente entrar assim do nada para conseguir salvar os miúdos”, contou Anilson Silva, o primo da Elisa.
Sem saber o que fazer, Anilson Silva disse que teve de procurar “outra forma” para que não houvesse outras vítimas mortais.
“Pedi a ele que era para tirar o miúdo que já estava ao pé dela para fora, e eu fiquei dentro ainda a tentar ver o que eu poderia fazer, e os miúdos ainda estavam no quarto a gritar e eram muita chama e que mesmo assim a tentar fazer de tudo para aproximar, uma porção de chama veio até mim que eu atrapalhei e caí, e foi no momento que o fogo se aproximou da sala, e a única forma [que eu tive] era abandonar a casa”, sublinhou Silva.
Este é mais um caso de incêndio que acontece no país, causando vítimas mortais. Segundo o jornal Tela Non pelo menos 9 crianças já morreram carbonizadas em consequência de incêndios nas casas em São Tomé e Príncipe.