Atleta são-tomense ainda sem garantias de financiamento para os Jogos Paralímpicos de Paris

Alex dos Anjos já representou São Tomé e Príncipe em várias competições internacionais e arrecadou medalhas para o país. O atleta esteve presente em Jogos Paraolímpicos Rio2016, no Brasil e Jogos Paralímpicos Tokyo2020, que foi realizado em 2021 devido a pandemia da covid 19.

Desporto -
Jogos Paralímpico Paris 2024

O atleta paralímpico são-tomense, Alex dos Anjos, que já arrecadou várias medalhas em competições internacionais, foi escolhido para representar o país nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, entre Agosto e Setembro, mas até ao momento não tem garantias financeiras para custear a viagem e a estadia em Paris.

“Ainda [estou] com a esperança se eu vou ou não, porque até o último encontro que eu tinha com o meu presidente, que é chefe de delegação, disse que até agora não temos bilhetes de passagem, porque o preço do bilhete cada dia está a subir, então estou a treinar com essa perspectiva se vou ou não vou”, declarou o velocista paralímpico são-tomense.

Alex dos Anjos já representou São Tomé e Príncipe em várias competições internacionais e arrecadou medalhas para o país. O atleta esteve presente nos Jogos Paraolímpicos Rio2016, no Brasil e Jogos Paralímpicos Tokyo2020, que foi realizado em 2021 devido a pandemia da covid-19.

“Agora se eu for, vai ser a terceira vez, mas já participei em jogos da lusofonia que foi em Goa, na Índia também já participei em dois campeonatos africanos de atletismo que foi em Moçambique e Congo Brazzaville, participei em algumas competições internacionais de intercambio como, Angola, Cabo Verde e Marrocos e também nos jogos da CPLP em Angola, que fiquei no terceiro lugar”, disse Dos Anjos.

O estádio nacional 12 de julho tem sido o principal centro de treinos para os atletas são-tomenses, daí que Alex dos Anjos aponta a construção de um centro de treino como uma das principais necessidades.

“Temos pistas de tartã, mas falta alguns materiais para treinos, como materiais de musculação, um mínimo ginásio de forma a trabalhar as musculações”, frisou o atleta.

Enquanto atleta, Alex dos Anjos promete futuramente mais resultados satisfatórios e apela a mais inclusão de deficientes na prática do desporto no arquipélago.

“O meu objetivo é de mobilizar os outros que têm deficiências a praticar o desporto, não só atletismo, mas outras modalidades. E quando eu terminar a minha carreira desportiva [espero] poder apoiar o meu comité como treinador, ou como um dirigente de modo a manter vivo o comité paralímpico nacional”, assegurou.

Alex dos Anjos, tem 33 anos e vive em Riboque Capital. Nasceu sem um braço, mas nem por isso se deixou limitar. Atualmente é estudante no curso de licenciatura em Educação Física, atleta paralímpico e técnico da direção geral dos desportos.

“Como é uma deficiência que na qual eu já nasci, então em casa para mim é tudo normal, eu faço tudo normal, e eu não vejo a dificuldade nenhuma”, afirmou o atleta.

A partir dos seus 10 anos Alex dos Anjos começou a praticar futebol na escola de Gustavo Clemente, no campo de Riboque, mas foi no atletismo que surgiu a sua grande oportunidade como desportista.

Alex dos Anjos, é atleta paralímpico na categoria T-47 da marca de 400 metros e treina duas horas por dia, de segunda a sexta-feira no Estádio Nacional 12 de julho.

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