A Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopias (CACAU), acolheu na noite de sábado, 29 de junho, uma apresentação da peça teatral denominada “Omali” que em português significa “Mar”, retratando a história de um pescador que saiu para a sua atividade piscatória no alto mar, mas não regressou à casa.
A peça que foi trabalhada na Roça São João durante a Residência Artística que decorreu no país, foi apresentada no âmbito do Festival Teatral que se enquadra na X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe.
“Trabalhamos esse tempo todo e como resultado saiu esta peça que é formada pelos jovens da cidade capital e os jovens do Sul, e usamos também o ‘ngola’ (língua da região de Angolares) e santomé que é do país todo”, disse o diretor artístico, Afonso Januário.
O público presente deu nota positiva à apresentação e disse ter assimilado a mensagem.
“Apesar de ser falado em dialeto, acho que a mensagem passou bem de alguém que perdeu o marido no mar e que não aguentou a ausência, foi ao encontro dele no mar, portanto eu gostei da peça, foi comovente e apesar de ter sido curta acho que ficou tudo dito”, disse Joana Pessoa, uma das participantes neste espetáculo.
“Eu achei [esta peça] muito diferente pelo facto de misturarem não só a peça teatro depois a componente audiovisual e acho que tiveram aqui um trabalho de luzes muito bonito, não é muito comum nós vemos isso em São Tomé”, disse, Inês, que também presenciou o espetáculo.
A X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe decorre no país até 25 de julho, sob o lema “A (re)descoberta de Nós” – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro” e conta com a participação de artistas e coletivos de mais de uma dezena de países, nomeadamente de Cabo Verde, Togo, Gabão, RDCongo, França, Portugal, Holanda, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe, Inglaterra e Brasil.