X Bienal: Tchiloli feminino e Teatro Anguené animam a comunidade da Roça Água Izé

O Tchiloli feminino é uma inovação recente em São Tomé e Príncipe e surgiu para ajudar a preservar esta que é um dos maiores traços da cultura do país e que está em processo de candidatura para matrimónio imaterial da humanidade.

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Tchiloli

O grupo feminino tchiloli de Cachoeira e o Grupo Teatro Anguené animaram a comunidade de Água Izé, na tarde de domingo, 7 de Julho, uma atuação que se enquadra no programa das atividades da X Bienal de Artes e Cultura que decorre no país.

O Tchiloli feminino é uma inovação recente em São Tomé e Príncipe e surgiu para ajudar a preservar esta que é uma das maiores manifestações culturais do país e que está em processo de candidatura para património imaterial da humanidade.

O grupo começou em 21 de dezembro de 2018 com o objetivo de ir mais além e preservar a cultura são-tomense”, disse a Presidente do Grupo Tchiloli Feminino de Cachoeira, Solange Silva que apontou a falta dos “fardamentos” como uma das principais dificuldades.

Os fardamentos não são apropriados como outros grupos de tchiloli têm”, frisou a líder do grupo.

Além do Tchiloli Feminino, o domingo na comunidade de Água Izé ficou marcado também com a apresentação do Grupo Teatro Anguené de Angolares. Uma iniciativa criada dentro desta bienal, como forma de levar animações teatrais à comunidade da roça Água Izé.

Eu achei uma boa peça, vem nos mostrar o grau da violência na nossa comunidade e vem nos ensinar também como evitar essa situação”, disse Silver dos Santos, um dos jovens residentes na comunidade da roça Água Izé.

Silver considerou que estas atividades na comunidade é uma “boa oportunidade” para que os jovens possam conhecer mais sobre as histórias culturais do país.

Eu achei muito importante isso acontecer na nossa comunidade, porque não foi pela primeira vez, eu já vi isso pelo menos três vezes aqui na comunidade […] sempre vou estar aqui para apreciar e valorizar isto porque também é da nossa cultura”, disse Edson Varela, um dos jovens também residente na comunidade da roça Água Izé.

A X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe decorre no país até 25 de julho, sob o lema “A (re)descoberta de Nós” – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro” e conta com a participação de artistas e coletivos de mais de uma dezena de países, nomeadamente de Cabo Verde, Togo, Gabão, RDCongo, França, Portugal, Holanda, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe, Inglaterra e Brasil.

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