PCD considera que “falta longo caminho” para a concretização das promessas assumidas em 1975

As constatações foram partilhadas durante uma declaração política na praça da independência em alusão ao 49º aniversario da independência nacional de São Tomé e Príncipe que hoje se assinala.

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O Partido de Convergência Democrática (PCD), considerou que falta “um longo caminho” para a concretização das promessas da independência assumida em 12 de julho de 1975, sobretudo a independência económica e financeira.

Numa declaração política na praça da independência em alusão ao 49º aniversario da independência nacional de São Tomé e Príncipe que hoje se assinala o PCD afirmou que o país vice “tempo de desesperança”, “dias sombrios, noites inquietas e futuro incerto”, apelando a mobilização e envolvimento de todos nas causas comuns.

A situação atual do nosso país em termos económicos, financeiros e sociais é sobejamente conhecida [e] os problemas que o assolam estão devidamente identificados e os efeitos estão à vista de todos”, disse o Presidente do partido, João Bomfim durante a declaração.

O líder do PCD disse ainda que tem se verificado “um grande desfasamento entre o que foi prometido e os resultados atingidos” desde 1975 “faltando ainda um longo caminho” para que o país” aproxime da concretização de uma boa parte das promessas de 1975.

Cumpriu-se a independência política faltando alcançar a independência económica e financeira; formamos quadros, mas falta-nos reconhecer o mérito e a competência, oferecemos educação para todos, estando ainda em falta garantir a qualidade da educação e combater a literacia, melhoramos os indicadores da saúde, formamos pessoal, mas faltam frequentemente os medicamentos no sistema da saúde, abraçamos a democracia, mas não se observa, de facto, o princípio da separação de poderes nem do respeito pelos direitos humanos”, apontou Bomfim.

O Presidente do PCD, partido sem assento no parlamento são-tomense, deixou críticas ao Governo face a situação económica e social que o país enfrenta.

Hoje, mesmo sob as névoas do medo que paira sobre nós, em decorrência dos trágicos acontecimentos de 25 de Novembro de 2022, não obstante o facto de a população estar cada vez mais depauperada e inconformada com a perda deslizante do seu poder de compra, num contexto em que muitos só encontram saída na emigração, por acreditarem ser a única via para a sobrevivência própria e para a subsistência das suas famílias, indo, muitas vezes, esbarrar-se num futuro sem rumo nos países de acolhimento”, acrescentou João Bomfim sublinhando que “apesar de tudo” é possível acreditar nos “sonhos e as aspirações de ver São Tomé e Príncipe crescer e prosperar, transformando-se num país onde dê gosto de viver com dignidade”.

Feito hoje o balanço, se conclui que o prometido na ocasião [em 12 de Julho de 1975] nada tem a ver com a situação que agora vivemos marcada pela falta de humanismo e desonestidade intelectual, ausência de espírito de missão, ganância de poder a qualquer custo, em suma, pela má governação como fruto de incompetência e ausência de patriotismo e orgulho de ver São Tomé e Príncipe melhor e mais digno“, completou.

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