PR de Cabo Verde defende que Economia Azul é a grande oportunidade e futuro dos pequenos Estados Insulares

Durante a aula, José Maria Neves defendeu as “vantagens comparativas” dos pequenos Estados Insulares referindo que por si só “não garantem o crescimento inclusivo de nenhum país” nem “a durabilidade do desenvolvimento”.

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Rádio Somos Todos Primos

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves defendeu, na segunda-feira, em São Tomé que a economia azul é a grande oportunidade e futuro dos pequenos Estados Insulares, salientando a existência de fatores para potencializar o crescimento económico e ambiental sustentável. 

José Maria Neves falava aos jornalistas após proferir uma aula magna na Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) sobre “Economia Azul e o crescimento inclusivo dos Pequenos Estados Insultares”.

“Nós somos Estados oceânicos, temos mais mar do que terra e temos enormes potencialidades ligadas ao mar, desde a produção de água, produção de alimentos, energia, indústrias farmacêuticas, desenvolvimento do turismo, desenvolvimento dos transportes”, apontou José Maria Neves.

O chefe de Estado cabo-verdiano defendeu que o os Pequenos Estados Insulares, entre o quais Cabo Verde e São Tomé e Príncipe deverão aproveitar os seus recursos para promoverem “um crescimento necessariamente inclusivo, diversificando a economia, gerando empregos, criando oportunidades, mas também terá que ser ambientalmente sustentável”.

“Temos de fazer uma gestão sustentável dos recursos marinhos para proteger a biodiversidade, combater a poluição e garantir que o desenvolvimento azul seja efetivamente durável”, sublinhou.

Durante a aula, José Maria Neves defendeu as “vantagens comparativas” dos pequenos Estados Insulares referindo que por si só “não garantem o crescimento inclusivo de nenhum país” nem “a durabilidade do desenvolvimento”.

“Para termos desenvolvimento temos que transformar as vantagens comparativas em fontes de vantagens competitivas, temos que competir e para competir temos que diversificar a nossa economia, temos que aumentar a produtividade e temos que produzir em menor tempo e acrescentar muito mais valor que o outro”, defendeu.

Já em declarações aos jornalistas referiu que “é preciso ter uma perspetiva visionária, construir uma visão de desenvolvimento, definir os pilares essenciais e criar dinâmicas institucionais de capacitação de recursos humanos” que permitam “efetivamente utilizar todos os recursos, todas as potencialidade que o mar” oferece”.

“Se pensarmos bem, o futuro dos pequenos Estados insulares está definitivamente ligado ao mar”, defendeu José Maria Neves.

A aula magna aconteceu na reta final da visita de uma semana de José Maria Neves a São Tomé e Príncipe.

“Eu acho que globalmente a visita ultrapassou todas as minhas expectativas porque pude ver coisas novas aqui em São Tomé e Príncipe” disse à RSTP o chefe de Estado cabo-verdiano, destacando que trocou com as autoridades são-tomenses as possibilidades de reforço da cooperação, na área das finanças, do ensino superior, ciência e inovação, economia azul, agricultura e pecuária, segurança social, investimento privados e outras reformas.

“Há aqui enormes potencialidades. A minha visita foi muito útil, tanto as minhas conversas com o Presidente da República, com o primeiro-ministro, a minha estada no parlamento, na ilha do Príncipe foram momento muito fortes e vou com muito mais ensinamentos, muito mais enriquecido para continuar a trabalhar para o reforça das relações entre os nosso dois países para além do que existe em termos de comunidade”, disse José Maria Neves.

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