O Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e o Conselho de Investigação Científica e Industrial do Gana e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) assinaram na quinta-feira, 18 de julho, o memorando de entendimento para o desenvolvimento da fileira do coco em ambos os países.
A ação é promovida pelo Projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PAFAE) desde Novembro do ano passado e conta com financiamento da União Europeia.
“O potencial para o crescimento desta fileira é enorme, porque neste momento a produção é proveniente essencialmente de zonas sul da Ilha de São Tomé e de recolha silvestre”, disse o administrador executivo do Instituto Marques de Valle Flor, Ahmed Zaky.
O responsável considerou que o apoio dado pelo projeto PAFAE “representou a retoma do apoio a uma fileira de exportação que já foi muito importante para a economia de São Tomé e Príncipe” e que “se encontrava em abandono por mais de 30 anos”.
“Estamos confiante que este memorando representará mais um passo no reforço de apoio aos produtores de fileira de coco”, assegurou Zaky.
O acordo contemplará ainda a formação aos técnicos de manutenção do Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica (CIAT), e promoção de capacitação sobre a cadeia de valor do coco.
“A assinatura deste memorado de entendimento vinca uma etapa preliminar de vários encontros já estabelecidos com o Conselho de Investigação Científica Industrial de Gana, contactos estes que foram incitados através do Ministério da Agricultura com grande suporte do IMVF através do PAFAE juntamente com a equipa do CIAT”, afirmou o diretor do CIAT, Gaspar da Graça.
O representante do Conselho de Investigação Científica e Industrial do Gana, manifestou a intenção estender a parceria em outros domínios agrícolas para além do coco.
“Espero que isso signifique o início de uma parceria ampla com o Governo são-tomense e por princípio, de tal forma que no futuro não falaremos apenas de coco, mas estaremos falando de implementação agrícolas, plantadoras, colheiteiros, máquinas de processamento, muito básicas que podemos construir por conta própria e fazer negócios entre nós”, disse Diretor do CICI do Gana, Francis Boateng Ageynin
O ministro da Agricultura, Abel Bom Jesus reconheceu que “o setor do coco tem um potencial significativo para a realização de esforços colaborativos com vista a promover novos conhecimentos entre institutos de investigação e, consequentemente, estabelecer sinergias para melhorar os meios de subsistência das populações rurais de ambos os países”.
Abel Bom Jesus frisou que “a produção de coco para responder à procura de água de coco para turistas e não só, vai ser uma realidade” no país.
“E há um trabalho que eu posso vos dizer que os agricultores vão sentir quanto isso vai ajudar a melhorar a sua economia”, finalizou o ministro.
Após a assinatura do memorando, ficará em São Tomé uma equipa de quatro técnicos ganenses que farão o diagnóstico do estado dos equipamentos do Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica do país, bem como, o levantamento das variedades de cocos com o objetivo de estudar a introdução de novas variedades mais precoces, e formação aos técnicos nacionais sobre a cadeia de valor do coco.