O músico senegalês, Samba Cissokho, que toca o de Khorá, juntamente com os jovens são-tomenses do grupo “UNIARTE Capoeira” estiveram ao vivo num concerto realizado no domingo, 21 de Julho, na Roça Água Izé no âmbito da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe.
O primeiro momento deste concerto foi marcado com a apresentação de dois jovens da roça Água Izé que participaram na residência artística com o músico senegalês, onde aprenderam a tocar o khorá, instrumento musical de cordas de origem Oeste Africana.
“O que aconteceu aqui não foi muito fácil, porque foi apenas três dias [de preparação], então três dias para aprender a tocar um instrumento que nunca existiu em São Tomé é um pouco difícil”, disse Edson Varela, um dos jovens que aprendeu a tocar khorá durante a residência artística.
O momento seguinte foi apresentado pelo músico senegalês e o grupo de jovens são-tomenses de capoeira, numa combinação de instrumentos musicais entre khorá e berimbau, instrumento usado na capoeira.
“Estou muito contente pela população de Água Izê terem ido me ver, os turistas que vieram me ver, e o público em geral”, manifestou a alegria, o músico senegalês.
“Fico muito contente com a atuação dos jovens, pelo facto de ser a primeira vez que jovens santomenses aprenderam a tocar khorá, fico muito contente pelo facto de terem aprendido e aprenderam bem, e uma vez, quando eu voltar futuramente e ver que eles ensinaram outros a tocar, será um maior prazer para mim”, acrescentou Samba Cissokho.
Waster da Silva, é responsável do grupo da capoeira que participou também na residência artística e que apresentou no concerto ao vivo com Samba Cissokho.
O responsável considerou que esta foi “uma experiência” na qual “nunca pensou em adquirir”.
“Porque casalar o berimbau que é um instrumento musical da capoeira, mas numa área particular, e o khorá que é um instrumento musical ambiental [é uma inovação muito grande], mas atualmente, cada um com a sua forma de querer desenvolver arte e desenvolver a música [foi por isso] que surgiu esta oportunidade de nós começamos a associar os instrumentos, e isso para mim é de louvar”, precisou Waster da Silva.
A X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe decorre no país até 25 de julho, sob o lema “A (re)descoberta de Nós” – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro” e conta com a participação de artistas e coletivos de mais de uma dezena de países, nomeadamente de Cabo Verde, Togo, Gabão, RDCongo, França, Portugal, Holanda, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe, Inglaterra e Brasil.