X Bienal: Exposição conjunta de artistas cabo-verdianos Amadeo Carvalho e Yuran Henrique

Os dois artistas retrataram nas suas pinturas inspirações sobre a cultura, poesia, as pessoas e o dia-a-dia do povo são-tomense.

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A Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopias (CACAU), acolheu na quinta-feira, 18 de julho uma exposição de pinturas dos artistas cabo-verdianos, Amadeo Carvalho e Yuran Henrique que resulta da residência artística que têm realizado no âmbito da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe.

Os dois artistas retrataram nas suas pinturas inspirações sobre a cultura, poesia, as pessoas e o dia-a-dia do povo são-tomense.

Foram 20 dias intensos na roça [e] estou muito satisfeito com o resultado. Os retratos que eu faço é criar empatia nas pessoas, o olhar, ou seja, é tentar criar histórias não contadas através do olhar e também falar um pouco da comunidade e da resiliência das pessoas em geral”, disse o artista plástico cabo-verdiano, Amadeo Carvalho.

Por seu turno, o artista plástico, Yuran Henrique sublinhou que “a ideia” desta exposição surge através do lema da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe intitulado “À (re) descoberta de nós”.

Então tivemos uma lógica de trabalho muito em volta da cultura, da poética, da ilha e das suas manifestações. Foi um mês [em que] produzimos basicamente a pintura”, disse Henrique.

A exposição mereceu nota positiva dos presentes, incluindo o artista plástico são-tomense, Eduardo Malé que apontou esta exposição com o “um ganho aos valores” que já existem no país.

Por acaso temos muitos bons artistas, mas eles vêm trazer mais um ‘upgrade’ à este manancial que temos tão grande de artistas de várias tendências, estou a referir a questão das esculturas, da pintura propriamente dita e eles vêm acrescentar algo mais a nossa pintura”, sublinhou Eduardo Malé.

O promotor da Bienal, João Carlos Silva destacou que este “momento de intercâmbio” é uma forma de internacionalizar a imagem do país.

Não nos devemos isolar mais ainda, desse algum isolamento natural, nós temos é que pensar e inclusive, tendo em conta que em 2025 [completaremos] os 50 anos da independência, nós temos que abrir mais ao mundo para trazer também uma parte do mundo até São Tomé e Príncipe, e é isso que estamos a fazer com as artes e a cultura”, assegurou João Carlos Silva.

Pensamos que não temos outras escolhas, não temos outro caminho, o caminho é este do laboratório de criação internacional que São Tomé e Príncipe está a transformar, também por via das bienais, mas não vamos pensar só nas bienais, vamos pensar noutros eventos como o que vai acontecer no próximo ano em São Tomé e Príncipe que é o festival das ilhas do mundo que vamos desde a poesia até as alterações climáticas [onde] vamos convidar artistas, quer poetas ou poetisas, quer artistas que fazem outro tipo de coisas, como a escultura, fotografia e através das artes falar deste grande problema, que são as alterações climáticas no mundo”, finalizou o promotor da bienal em São Tomé e Príncipe.

A exposição conjunta de artistas cabo-verdianos Amadeo Carvalho e Yuran Henrique, culminou com o Jantar Gastronómico que é realizado todas as quintas-feiras no espaço CACAU.

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