O poeta e escritor, e freelancer de crítica da sociedade global, Ivanick Lopandza, apresentou na segunda-feira, 22 de julho, um monólogo, numa perspetiva sarcástica sobre a realidade de alguns jovens são-tomenses, incluindo na busca do primeiro emprego após a conclusão da formação.
“Há pouco estudo e há pouca análise sociológica, por exemplo, sobre como é a vida dos recém-chegados que estão mais ou menos no limbo entre os terminei de estudar, e agora estou a trabalhar e depois eu encontro com pessoas que já estão a trabalhar que são colegas meus que chegaram um pouco mais cedo ou que chegaram mais bem enquadrados, como e como é que funciona essa dinâmica a partir do ponto de vista social e socioeconómico e foi mais ou menos que tentei fazer”, disse Lopandza.
O ator demostrou a satisfação pela aderência do público no espaço CACAU.
“Foi interessante, acho que é uma coisa bem embrionária, eu não tive a coragem de chamar de ‘stand up’ porque eu não sou nada bom com isso, chamei de um monólogo porque sou mais à vontade com monólogos e palestras e a partir disso eu senti mais à vontade para terminar o texto e para estar mais à vontade com o público”, precisou.
Amigos, colegas e conhecidos e outro público presente enalteceram o momento proporcionado pelo Ivanick Lopandza.
“Eu sou um caso meio suspeito, porque sou amigo do Ivanick há muito tempo e tudo que ele contou foi a história da vida dele ao longo dos tempos, ele basicamente transformou tudo em sátira e trouxe à tona o lado poético transformando em comédia”, disse Remy Diogo que presenciou o momento.
“Vim cá prestigiar meu amigo, felizmente não saí decepcionada, Ivanick como sempre conseguiu nos surpreender pela positiva, ele conseguiu associar a sua vida pessoal a nossa realidade e […] esse monólogo foi uma retrospetiva da sua vida atendendo a realidade são-tomense”, disse Ednilze Salvaterra que também esteve na CACAU.
De ressaltar que Ivanick Lopandza lançou no dia 12 de Julho, no espaço A Baya da Bô, o seu recente livro composto por um conjunto de poemas jogados ao vento e com algumas profecias intitulado “Quando eu era um beatnik” que nasce de uma necessidade última de fazer arte.
Esta apresentação, enquadra-se no âmbito das atividades da X Bienal de Artes e Cultura de STP que decorre até quinta-feira, 25 de julho.
