X Bienal: Atores e encenadores cabo-verdianos e são-tomenses partilham experiências

A oficinas foram ministradas durante a X Bienal de Artes e Cultura, três oficinas, nomeadamente, a “Direção Artística e Encenação”, ministrada por João Branco, “Teatro para Crianças”, ministrada pela Janaína Alves, e “Música para Teatro”, ministrada pelo músico cabo-verdiano, Nuno Tavares.

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O ator e encenador luso cabo-verdiano, João Branco e a sua companheira Janaína Alves, atriz e animadora infantil partilharam experiências de atuação através de uma Oficina de teatro com atores e encenadores são-tomenses durante a realização da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe que terminou na quinta-feira.

Pela nossa própria experiência em Cabo Verde, sempre achamos que que se tu levas um espetáculo a algum sítio que tem as caraterísticas dos nossos países é importante junto com o espetáculo levar mais qualquer coisa e principalmente que seja uma coisa que tu possas deixar lá, uma semente e as sementes plantam, principalmente é com a formação, com oficinas”, disse o ator e encenador, João Branco.

A oficinas foram ministradas durante a X Bienal de Artes e Cultura, três oficinas, nomeadamente, a “Direção Artística e Encenação”, ministrada por João Branco, “Teatro para Crianças”, ministrada pela Janaína Alves, e “Música para Teatro”, ministrada pelo músico cabo-verdiano, Nuno Tavares.

Eu vim com uma proposta de teatro infantil, esse público que muitas vezes é esquecido, onde muitos atores têm muita dificuldade de montar espetáculos voltados para crianças […] então, acho interessante continuar a fazer [mais] para esse público. É meu público de trabalho, então eu vim partilhar um pouquinho essa questão de animação, modelagem em balão, pintura facial que é um mercado onde a gente pode explorar bastante”, sublinhou a atriz e animadora infantil, Janaína Alves.

Esta ação desenvolvida no âmbito do projeto levado a cabo pelo Saaraci Teatral, enquadrou-se com a apresentação do performance feito pelo ator João Branco na quarta-feira, no espaço CACAU.

Nós trabalhamos a partir de duas cenas selecionadas por mim, diferente do Shakespeare […] numa perspetiva de apropriação, ou seja, é um trabalho que nós desenvolvemos em Cabo Verde há muito tempo, há cerca de três décadas, uma metodologia de trabalho ao nível da encenação que nós designamos de crioulização cénica. Nós trouxemos aqui um exemplo de como fazer isso, ou seja, a partir de um texto que foi escrito num outro contexto geográfico, num outro contexto temporal, num outro contexto cultural”, disse Branco.

Os atores e encenadores são-tomenses congratularam-se com a iniciativa e sentem-se satisfeitos com a experiência partilhada.

Tem sido maravilho porque nós temos bons encenadores [e] eu tenho tido boas experiências com eles, e é uma oportunidade para mim que está a me forma, para que eu consiga formar também outras pessoas”, disse o jovem ator, Claudino das Neves.

Foi bom conviver com eles nesse tempo de formação que nós tivemos, foi muito bom e eu fiquei feliz porque vi neles aquilo que eu precisava como encenador”, disse Laurindo Vicente que também é ator e encenador.

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