A Direção Regional do Desporto está a promover a prática da modalidade de Corfebol com expetativa de a tornar uma disciplina do currículo escolar e vir a ser praticada em competições entre os alunos das diferentes escolas ao nível da região.
A modalidade começou a ser praticada na Ilha do Príncipe, desde o início de 2024, segundo o professor e diretor do desporto da Região Autónoma do Príncipe, Vladimir Viegas em entrevista à RSTP.
“Era uma modalidade que nenhum de nós tínhamos conhecimento [e] já estava sendo praticada em outros países dos PALOP […] neste ano chegou a Região Autónoma do Príncipe e nosso maior objetivo é de melhor forma praticar através dos alunos nas escolas, e fazer com que esta mesma modalidade seja expandida”, disse Vladimir Viegas.
A modalidade que surgiu na Holanda no ano de 1902 por influência de um jogo sueco denominado Ringball, começou a ser praticada principalmente naquele país e na Bélgica, através de equipas mistas, formadas por quatro homens e quatro mulheres e visa promover a igualdade de género ao nível do desporto.
“Nós acolhemos de bom grado esta mesma modalidade porque encontramos uma vertente bastante positiva no que concerne a igualdade de género”, assegurou o diretor regional do desporto.
Segundo Vladimir Viegas, está em vista a implementação desta modalidade como disciplina no currículo escolar na ilha do Príncipe.
“Acreditamos que no próximo ano letivo esta mesma modalidade poderá ter a aceitação da ministra da educação, para ser praticada como se fosse uma disciplina do currículo escolar para que nós possamos desenvolvê-la mais, como também temos desenvolvido o basket, o futsal e outras modalidades desportivas”, frisou Viegas.
Vladimir Viegas afirmou ainda que apesar do Corfebol ser “uma modalidade nova” na Ilha do Príncipe, a aderência dos alunos tem sido satisfatória.
Selma Mendes pratica a modalidade de Corfebol há cerca de um mês e garante que o seu desenvolvimento tem sido satisfatório, enaltecendo a iniciativa da Direção Regional do Desporto em promover esta modalidade.
“Eu acho uma modalidade boa, traz uma boa experiência, mas no fundo deveriam aumentar mais o tempo do jogo”, disse Nicolai Vaz, que também é aluno da modalidade, há cerca de dois meses.
No início do próximo ano letivo, a Região Autónoma do Príncipe vai disputar a final em Corfebol diante da escola de Neves, no âmbito de um torneio interescolar realizado no mês de julho no arquipélago são-tomense.