Casos “alarmantes” de furtos nas parcelas agrícolas desmotivam agricultores em STP

O ministro da agricultura mostrou-se ainda preocupado com a fraca produção do cacau no arquipélago são-tomense.

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Os furtos nas parcelas agrícolas, atingiram proporções “alarmantes” em São Tomé e Príncipe, segundo o ministro da agricultura que foi uma das vítimas recentes, e está agora a delinear nova estratégia conjunta para estancar o problema o mais breve possível.

“A questão do furto hoje versos roubo é uma calamidade que está a consumir o país. Nós somos um país de economia fraca e se não tivermos pessoas motivadas com o trabalho, não vamos conseguir fortalecer a nossa economia, ainda mais no setor agricultura e a pecuária que têm estado a ser fustigados com a questão do roubo”, disse Abel Bom Jesus.

O ministro da agricultura reuniu-se na quinta-feira, com líderes das autarquias, Polícia Nacional, agricultores e empresários para definir novas estratégias para estancar o problema.

Nós sabemos que já existe lei e se a lei não está a funcionar temos que buscar mecanismo urgente para responder porque senão todo o trabalho que estamos a fazer torna-se inglório“, sublinhou

Segundo o tutelar da pasta da agricultura, as autoridades vão criar postos de controlo de venda de produtos agrícolas, mas ainda assim o ministro apelou ao envolvimento de toda a população para combater o problema de furtos.

As pessoas que compram furto é que têm estado a dar azos para que os ladrões roubam, vamos denunciar as pessoas, nas comunidades, os agricultores conhecem os seus ladrões, os agricultores conhecem as pessoas que não tem essas boas práticas que são essas pessoas que têm nos prejudicado, então que identifiquem elas”, vincou o ministro.

A casa que faz a lei cumprir, os Tribunais, o Ministério Público que também façam o seu papel, porque não é só colocar as pessoas na cadeia, temos que começar a pegar nas pessoas e colocar a fazer trabalhos comunitários, colocá-las vestidas de fardas que é reconhecida”, completou.

Segundo o ministro, o CACAU que é um dos principais produtos de exportação do país, também tem visto a sua produção condicionada devido o furto, apesar do aumento do preço ao nível internacional.

Abel Bom Jesus mostrou-se ainda preocupado com a fraca produção do cacau no arquipélago são-tomense.

Nesse momento nós não estamos na alta, mas a nossa produção do cacau cada dia está mais baixa, porque São Tomé e Príncipe já teve dias melhores, um é porque, com a questão do furto também, os agricultores têm cortado cacaueiro para implementar outro tipo de cultura, como cultura de hortícola, mas mesmo assim ainda vão roubar, porque roubam a parte de culturas hortícolas”, frisou Abel Bom Jesus.

O que nós temos que fazer é, como ministério e como membro do governo é melhorar esse problema que temos agora para incentivar os agricultores a cuidar do cacau, porque o preço do cacau no mercado internacional está em alta e o cacau de São Tomé é um cacau procurado mundialmente [então] se nós aumentamos a produção vamos também aumentar também a entrada de divisas no nosso país e ajudar-nos na balança de pagamento”, concluiu.

A reunião decorreu nas instalações do ministério da agricultura, em São Tomé.

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