“400 mil euros significa o vencimento do PR do nosso país durante 70 anos” – PCD

O presidente do partido, João Bonfim quer que o Governo assuma as responsabilidades na indemnização das famílias que têm perdido os seus entes queridos devido a falta ou deficiências nos cuidados de saúde.

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O Partido de Convergência Democrática (PCD) insurgiu-se contra a indemnização de 400 mil euros que o Estado são-tomense vai pagar ao ex-ministro das Finanças, Américo Ramos, sublinhando que o valor corresponde a 70 anos do salário do Presidente da República.

“400 mil euros significa o vencimento do Presidente da República do nosso país durante 70 anos […] nós consideramos isso totalmente inqualificável, é injusto e pedimos que haja uma reparação imediata dessa situação”, defendeu o presidente do PCD, João Bonfim

A posição do PCD foi expressa, na segunda-feira, após entregar uma carta aberta ao primeiro-ministro, Patrice Trovoada para alertar ao Governo sobre as deficiências que considera existir no sistema nacional de Saúde que têm sido associadas à morte de pacientes nos últimos tempos.

O presidente do partido, João Bonfim quer que o Governo assuma as responsabilidades na indemnização das famílias que têm perdido os seus entes queridos devido a falta ou deficiências nos cuidados de saúde.

“Quando isso sucede num país, a responsabilidade não é técnica, não é profissional, é uma responsabilidade política, é do Estado. O Estado tem a obrigação de se portar como uma pessoa de bem, e sendo o Estado uma pessoa de bem, tem no mínimo de indemnizar estas famílias”, sublinhou João Bonfim.

“O Estado tem que estabelecer um valor que seja considerado justo para suprir a incúria política do Estado em não fornecer os meios que são considerados necessários para a assistência na doença”, acrescentou.

A carta aberta do PCD foi entregue no gabinete do primeiro-ministro, numa altura em que Patrice Trovoada encontra-se na China para participar no Fórum de Cooperação Económica, China África.

O presidente do PCD, João Bonfim, admitiu que nunca solicitou um encontro para falar diretamente com o primeiro-ministro sobre as falhas que considera existir no país, por considerar ser uma encontro impossível, por considerar que “o primeiro-ministro nunca está no país”.

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