A Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o PAM, UN-Hubitat e o FNUAP, promoveu durante quatro dias uma ação de capacitação sobre “Higiene e Segurança no Trabalho e Associativismo e Cooperativismo” para cerca de quarenta mulheres empreendedoras da comunidade de Uba Budu, no âmbito do projeto conjunto das Nações Unidas para promover Cadeias de valor e oportunidades de emprego através de uma indústria agroalimentar sustentável.
“Esse projeto tem duas componentes, uma que é reforçar as capacidades de cooperativas de Camavo para a produção de milho e feijão que serão transformadas numa unidade a ser montada em Uba Budu, e os trabalhos de reabilitação da unidade estiveram na responsabilidade de UN-Hubitat e a OIT, porque um dos objetivos do projeto é a promoção do emprego”, disse a ponto focal da OIT em São Tomé e Príncipe, Lurdes Maria.
Após esta formação, estas mulheres vão beneficiar de um centro de transformação de produtos como feijão e milho na comunidade de Uba Budu para a produção de farinha, segundo a representante da OIT.
“O objetivo é que esta mulheres constituam uma cooperativa [por isso] que decidimos dedicar os outros dois dias para formação em cooperativismo e associativismo, abrir os horizontes, explicar o que significa cooperativismo, como é que uma cooperativa deve funcionar, quais são os primeiros passos para elucidá-las para as fases seguintes dos projetos”, frisou Lurdes Maria.
O representante do Programa Alimentar Mundial (PAM), Carlos Sousa disse esperar que a transformação de feijão e milho em farinha possa vir “a ser comercializada ao Programa de Alimentação e Saúde Escolar (PNASE)” para a distribuição à diversas escolas do país.
“Com isso, nós teríamos um denominador comum que seria diminuir a dependência de produtos importados, estimulando assim a produção e o consumo de produtos locais”, salientou Carlos Sousa.
Alda Ramos, uma das formadoras, disse acreditar no bom desempenho destas formandas, após esta ação de capacitação, sublinhando que “todos esses ensinamentos partilhados e refletidos” com os formandos serão colocados em prática.
“Porque para além da formação é também uma sensibilização […] depois do plano de higienização que eles estão a elaborar que nós até identificamos quatro fábricas, sendo de farinha de milho, da farinha de mandioca, fábrica de secagem de feijão e uma fábrica de cuscuz”, referiu.
As formandas não esconderam a satisfação e sublinharam a importância do centro de transformação de produtos na comunidade e dos temas abordados durante a formação.
“Eu gostei da formação, aprendi também como gerir o meu negócio, porque, antes, eu vendo banana e peixe, mas não vejo lucro, não vejo nada e agora daqui para frente através da formação, vou conseguir guardar lucro e fazer outras coisas com outros dinheiro que ganho“, disse Idalita Soares, uma das formandas.
Esta ação destinada as mulheres empreendedoras da comunidade de Uba Budu, decorreu no Centro de Aperfeiçoamento Técnico Agro-Pecuário (CATAP).