Está a decorrer a 4ª fase do recenseamento geral da população e habitação em São Tomé e Príncipe, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com o objetivo de recolher dados sobre o país e a sua população residente que permitam desenhar políticas públicas mais acertadas em prol da população.
As atividades da quarta fase, do quinto recenseamento iniciaram no dia 15 de Agosto e têm o término previsto para o dia 25 de Outubro do ano em curso, 12 anos depois do último recenseamento realizado em 2012.
Em entrevista à RSTP, o chefe do Departamento do Recenseamento do Instituto Nacional de Estatística, disse que neste momento, os agentes estão na fase de preparação para iniciar o processo no distrito de Lembá, no sábado, 14 de setembro.
“A cartografia censitária significa basicamente, a cartografia do recenseamento. Então, nós dividimos o país em pequenas áreas […] e em cada uma dessas áreas, nós teremos agentes recenseadores que vão percorrer integralmente essas áreas para recolher informações”, explicou Ngouabi Trindade.
O processo está a ser financiado pelo projeto STP-Digital através do Banco Mundial em cerca de dois milhões de dólares.
Os principais objetivos específicos desta operação são a recolha de coordenadas geográficas que permitam o posicionamento e/ou localização de todos os sítios habitados e suas infraestruturas básicas, recolha de informação estatística sobre chefe de família e número do homens e mulheres nos respetivos agregados familiares.
Os trabalhos visam ainda a divisão de todo território nacional em área de trabalho equitativas (zonas de enumeração, zonas de controlo, zonas de fiscalização) para facilitar a realização do recenseamento geral da população e da habitação e desenvolvimento do atlas socioeconómico do território nacional.
“É um desafio enorme. Temos primeiro que mobilizar fundos, depois formar um conjunto de agentes, disponibilizar um conjunto de tecnologias que estão associadas a este novo V Recenseamento, nomeadamente, os tablets, os equipamentos de suporte, como os servidores, um conjunto de software que são de suma importância para esta atividade”, disse Ngouabi Trindade.
“O recenseamento, especificamente na parte censitária, vai nos dizer aonde nós estamos, então, nesta fase, vamos conseguir indicar aonde vive os nossos agregados familiares, vamos conseguir listar um conjunto de informações associadas a escolas, posto de saúde, informações mais especificas como a localização dos nossos ATM´s, localização dos chafarizes públicos, entre outras informações”, acrescentou Trindade, sublinhando que todas essas informações serão cartografadas.
Durante este processo censitário, o Instituto Nacional de Estatística (INE) espera contar com a colaboração de toda a população residentes em São Tomé e Príncipe (nacionais e estrangeiros), todas as instituições (públicas e privadas) para efetivação desta operação estatística.