A República Popular da China em parceria com o Ministério da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, lançaram o projeto de redução da pobreza na comunidade de Nova Moca, sendo a segunda comunidade a beneficiar da inciativa que inclui várias ações no setor agro-pecuário.
O lançamento do projeto aconteceu na sexta-feira e vai incluir 24 famílias desta comunidade do distrito de Mé-Zóchi, no âmbito da cooperação entre a China e São Tomé e Príncipe, no ramo da “Assistência às Famílias Rurais”.
Nesta cooperação, serão implementados os projetos de demonstração de criação de galinhas poedeiras (destinada a 20 famílias) e cultivo de hortaliças em estufas (destinada a 4 famílias), e o fogão economizador de lenha e energia, visando promover a redução.
“A cooperação bilateral no sector agro-pecuário com a nossa equipa técnica ajudará aos agricultores são-tomenses não só no aumento da capacidade de produção, na receita familiar e na melhoria da vida, mas também em manter o fornecimento estável de bens básicos no mercado interno e promover o desenvolvimento da economia verde do país“, afirmou a embaixadora da China em São Tomé e Príncipe.
A diplomata chinesa, sublinhou que o seu país tem dado “grande importância ao desenvolvimento agrícola e à segurança alimentar” no arquipélago são-tomense, relembrando que desde 2017, a China “tem colaborado de forma estreita com São Tomé e Príncipe, implementando consecutivamente quatro fases de projetos de assistência técnica agropecuária com resultados notáveis” contribuindo assim para o desenvolvimento agrícola e pecuária do país.
Xu Yingzhen ressaltou ainda que “a cooperação da primeira comunidade piloto na redução da pobreza em Caldeiras, do Distrito Lobata, iniciada em 2022, foi bem-sucedida”, afirmando que “25 famílias desta comunidade aumentaram significativamente o rendimento”.
“O projeto de assistência técnica agropecuária e a comunidade piloto na redução da pobreza já se tornaram os símbolos brilhantes da assistência da China a São Tomé e Príncipe”, disse.
A comunidade de Nova Moca foi selecionada pelos especialistas chineses como a 2ª comunidade piloto, após extensa pesquisa e discussões estratégicas entre a equipa técnica agrícola chinesa e o Ministério da Agricultura.
A embaixadora referiu que “a construção desta comunidade piloto na redução de pobreza é uma manifestação da implementação dos resultados da recém Cimeira do FOCAC, como também um exemplo vívido do princípio da assistência chinesa”.
“A China sempre persiste no princípio de ensinar a pescar em vez de dar o peixe. Por isso, quando oferecemos assistência a São Tomé e Príncipe, enfatizamo-nos na melhoria da capacidade de desenvolvimento próprio país”, assegurou.
O ministro da agricultura, Abel Bom Jesus enalteceu que “este projeto representa muito mais do que uma simples iniciativa” para os agricultores em São Tomé e Príncipe.
“É um símbolo da nossa luta conjunta contra a pobreza no setor agrícola, um compromisso claro de melhorar as condições de vida dos nossos agricultores e de impulsionar a produção agrícola em todo o país”, disse o ministro.
Abel Bom Jesus afirmou que Nova Moca, agora elevada a uma comunidade piloto, é o reflexo do compromisso do Governo “com a inovação no setor agrícola e o desenvolvimento rural”.
“Esta não é apenas uma iniciativa local, é um modelo que servirá de inspiração para muitas outras comunidades em São Tomé e Príncipe. Um modelo que mostra que, com cooperação e inovação, podemos fazer frente aos maiores desafios”, declarou Bom Jesus.
Além das 20 famílias que já receberam a capoeira para a criação de galinhas, as outras 4 também já receberam parte das sementes, fertilizantes, e outros insumos agrícolas para o cultivo de hortaliças em estufas.
