Cerca de 33% de estudantes reprovaram no último ano letivo e há menos 32% inscritos para o novo ano

A ministra da tutela referiu que “fruto de continuação dos estudos no exterior e [dos] efeitos de emigração para o reagrupamento familiar, sobretudo para a República Portuguesa”, dos 33.609 alunos da 1.ª à 6.ª classe, 777 deixaram de frequentar as aulas, bem como 5.761 alunos dos 27.359 matriculados da 7.ª à 12.ª classe, o que considerou um “número muito significativo”.

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Rádio Somos Todos Primos

Apenas 41.974 alunos estão inscritos até ao momento no novo ano letivo, menos cerca de 32% que no ano anterior, segundo a ministra da Educação, que revelou “um número bastante significativo” de estudantes que emigrou sem concluir o ano anterior em que 33% reprovaram.

“Os dados das escolas confirmam-nos que temos apenas 41.974 alunos matriculados até este momento, sendo 4.377 no ensino pré-escolar, 20.332 no ensino básico e 17.265 no ensino secundário, que corresponde a 68,8%” dos inscritos no ano letivo 2023/2024, indicou Isabel de Abreu.

A ministra, que falava durante o lançamento no novo ano letivo, que terá início a 01 de outubro, admitiu que “estes números são provisórios, uma vez que, de forma recorrente, muitos pais e encarregados de educação têm inscrito os seus filhos muito tardiamente, ou seja, após o término do período oficial de matrículas”.

Dados do Ministério da Educação indicam que, no último ano letivo, dos 60.968 alunos avaliados, 76,8% transitaram de classe, sendo 82% da 1.ª à 4.ª classe, 77,5% das 5.ª e 6.ª classes, e 70,9% da 7.ª à 12.ª classe.

No entanto, a ministra da tutela referiu que “fruto de continuação dos estudos no exterior e [dos] efeitos de emigração para o reagrupamento familiar, sobretudo para a República Portuguesa”, dos 33.609 alunos da 1.ª à 6.ª classe, 777 deixaram de frequentar as aulas, bem como 5.761 alunos dos 27.359 matriculados da 7.ª à 12.ª classe, o que considerou um “número muito significativo”.

“Embora a situação acima descrita não seja considerada de abandono escolar, o seu combate constitui uma das prioridades do Governo. Por isso, exortamos os pais para acompanharem, de perto, o percurso escolar dos seus filhos, pois queremos que cada aluno tenha a oportunidade de concluir os seus estudos, contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe lá onde estiverem”, sublinhou Isabel de Abreu.

A governante indicou “os constrangimentos que contribuíram, de forma direta e negativa, na aprendizagem” dos alunos no último ano letivo, nomeadamente, a “viagem de muitos técnicos do Ministério, fruto do processo de emigração que tem assolado o país, a greve dos professores” e “pouco envolvimento dos pais e encarregados de educação no processo educativo”.

Além disso, Isabel de Abreu acrescentou a “degradação dos estabelecimentos de ensino, derivada da falta de manutenção [e de] vandalismos sem precedentes nas escolas”, reduzido número de transportes escolares, falta de equipamentos informáticos para aulas de tecnologia de informação e comunicação.

“Face às dificuldades observadas, esforços continuam sendo envidados para que o futuro seja muito mais promissor no que tange ao nosso sistema de ensino”, assegurou a ministra da Educação, Cultura e Ciência de São Tomé e Príncipe.

O ano letivo são-tomense tem o lema “Por uma família ativa e inclusiva na promoção de uma educação de qualidade para todos”.

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