Os 75 anos da fundação da República Popular da China, foram celebrados em São Tomé, com a embaixadora chinesa a destacar ganhos na cooperação com o povo são-tomense em diversas áreas, nomeadamente saúde, educação, agricultura, as quais prometeu continuar a trabalhar para o desenvolvimento do arquipélago.
Durante o discurso proferido na presença dos dirigentes políticos, responsáveis da administração pública, da sociedade civil são-tomense, a embaixadora chinesa em São Tomé e Príncipe, Xu Yingzhen considerou que “2024 é um ano de grande importância na história do desenvolvimento das relações entre a China e São Tomé e Príncipe”, uma vez que o país assinou com a China cerca de 9 acordos à margem da cimeira China-África (FOCAC).
“As duas partes decidiram elevar as suas relações para parceria estratégica e assinaram acordos de cooperação nos domínios da cooperação económica, investimento verde, inspeção e quarentena, jornalismo, entre outros, o que possibilitou uma nova força e vitalidade para a futura cooperação entre os dois países”, disse Xu Yingzhen.
A diplomata chinesa destacou várias ações realizadas durante este ano em São Tomé e Príncipe, bem como das visitas das delegações chinesas ao arquipélago e das delegações são-tomenses à China, admitindo que “os intercâmbios entre os dois países têm sido cada vez mais estreitos a todos os níveis e em todos os domínios”.
“Este ano, para além do trabalho clínico, a equipa médica chinesa em São Tomé e Príncipe realizou 36 visitas médicas a nível nacional, doou medicamentos e equipamentos ao Hospital Central Ayres Menezes, realizou vários projetos de investigação científica e cursos de formação, estabeleceu a Clínica de Ginecologia e Infertilidade e ajudou na construção da primeira unidade de cuidados intensivos de cardiologia em São Tomé e Príncipe”, apontou.
“Os primeiros lotes de pintos locais foram incubados no primeiro centro de criação de aves de capoeira em São Tomé e Príncipe, construído com a assistência da Equipa Técnica Agropecuária Chinesa”, acrescentou.
“A embaixada [da China] também ofereceu máquinas de lavar, secador de roupa, e artigos desportivos à Região Autónoma de Príncipe, e financiou a renovação de bibliotecas e estádios escolares. A Administração-Geral do Desporto da China apoiou um lote de materiais desportivos a São Tomé e Príncipe”, acrescentou a diplomata chinesas, outras ações realizadas pela sua embaixada este ano.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Gareth Guadalupe reconheceu que a relação entre a China e São Tomé e Príncipe “nunca esteve tão forte”, como tem sido nos últimos tempos, destacando três áreas principais nesta cooperação, para o desenvolvimento sustentável do país, como a “modernização agrícola, a construção de infraestruturas de saúde e a expansão de energia renováveis”.
“Estamos a crer que com a modernização agrícola, iremos aumentar a nossa produtividade e com isso satisfazer as necessidades das nossas populações, mas também esperamos almejar a nossa tão desejada soberania alimentar. Queremos ir para além da segurança alimentar, queremos trabalhar na soberania alimentar”, precisou o ministro.
O outro pilar da cooperação entre os dois países apontado pelo ministro “é a construção de centros de saúde, que possam atender questões que tem a ver com a maternidade”.
“Isso também é algo que entendemos que aproxima a governação da população, e nós queremos contar com a China para nos apoiar neste plano de cooperação 2025-2027 de forma que nós possamos levar o acesso de cuidados médicos de qualidade à nossa população”, vincou
Relativamente as energias renováveis, Gareth Guadalupe, assegurou que o país tem de aproveitar “aquilo que a China sabe fazer de melhor” para o benefício da população.
“E a questão das energias renováveis não é apenas uma questão para atender as questões ambientais, mas também para resolver um grande problema que nós temos tido na nossa economia nos últimos anos”, concluiu.