SUN GLEZA – KWÁ TELÁ: Conversa com “Sun Záwa” sobre o Massacre de 3 de fevereiro

Durante a conversa com o Sun Gleza, Záwa, como é conhecido, partilhou um pouco dos acontecimentos do massacre de 53, que segundo a história, iniciou em Batepá, por tentativa de forçar a população nativa de São Tomé e Príncipe a trabalhar como serviçais contratados nas roças.

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SUN GLEZA - KWÁ TELÁ

O ator cultural são-tomense, Álvaro Lima Vaz, conhecido artisticamente por “Sun Záwa” foi o convidado na segunda edição do programa SUN GLEZA – KWÁ TELÁ, para falar sobre o 3 de fevereiro, “Dia de Massacre de Batepá de 1953”, considerado o episódio fundador do nacionalismo são-tomense, onde as vítimas são atualmente recordadas como heróis da liberdade da pátria.

“Sun Záwa” como é muitas vezes chamado, é um dos atores antigos da cultura são-tomense e que tem trabalhado e contribuído há vários anos para a promoção da língua nacional.

Durante a conversa com o Sun Gleza, Záwa, como é conhecido, partilhou um pouco dos acontecimentos do massacre de 53, que segundo a história, iniciou em Batepá, por tentativa de forçar a população nativa de São Tomé e Príncipe a trabalhar como serviçais contratados nas roças.

Um acontecimento, em 3 de fevereiro de 1953, que mostra a natureza do colonialismo português e até a que extremos de violência ela era capaz de ir em caso de desafio e de revolta por parte das populações que dominava.

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O dia 3 de fevereiro é feriado nacional no arquipélago. As vítimas da brutalidade colonial foram transformadas em heróis pela liberdade da pátria. Não se sabe quantos morreram, se centenas ou mais de mil. Os corpos foram enterrados em valas comuns ou deitados ao mar.

No centro dos acontecimentos esteve uma decisão do então governador-geral, Carlos Gorgulho, que pretendia forçar a população nativa ao trabalho nas roças de cacau e café e nas obras públicas. Sendo que no arquipélago havia, de forma crónica, grande falta de mão de obra, os serviçais eram, na sua maioria, indígenas angolanos e cabo-verdianos.

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