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FAO financia forno economizador em Messias Alves para melhorar a transformação do pescado

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), financiou, com cerca de 15 mil dólares, a construção de um forno para defumagem de peixe, na Praia Messias Alves, visando melhorar o sistema de transformação do pescado através de uma técnica inovadora, garantindo maior segurança sanitária, qualidade e maior rapidez.

Esta nova técnica visa pôr fim a técnica tradicional, em que os peixes eram defumados ao céu aberto e as transformadoras e vendedoras de peixe sofriam com o fumo, calor e tinham pouca segurança durante o processo.

O processo através do forno da marca FTT‑Thiaroye vai garantir um produto final em melhores condições para os consumidores e uma melhoria na qualidade do pescado no mercado são-tomense, reduzindo assim as perdas pós capturas.

Esse é um modelo que foi desenvolvido num dos países aqui da África que a FAO acompanhou, e nessa altura, o MARAPA que é a nossa ONG local […] viu com as palaiês, transmitiu essa ideia [e] foi possível realizar uma série de visitas ao estrangeiro para ver e decidiu nessa altura construir este forno [aqui na Praia Messias Alves]”, disse o Assistente ao representante da FAO, Argentino Pires.

A construção deste forno financiado pela FAO em cerca de 15 mil dólares, desde 2018, acontece no quadro do projeto FISH4ACP, garantindo assim o suporte e desenvolvimento económico destas mulheres.

O FISH4ACP tenta reforçar esta iniciativa para disseminar ao nível do país essa técnica que poupa em combustível e oferece maior qualidade do produto”, afirmou o Coordenador do projeto, Olavo Aníbal.

Esta atividade enquadra-se no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala anualmente a 16 de outubro. Uma iniciativa organizada pelo escritório da FAO em São Tomé e Príncipe, em parceria com a Direção das Pescas e Aquacultura e a ONG MARAPA.

Nós viemos ver essa atividade das senhoras que foi um pedido do Governo são-tomense em que a FAO financiou para nós melhorarmos as condições de trabalho das senhoras, então, nós conseguimos este forno […] que trará melhores condições de trabalho”, assegurou o Diretor das Pescas e Aquacultura, João Pessoa, em representação do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

A vantagem do forno que temos agora é que não vamos estar como antes, agora não vamos perder muito tempo para virar o peixe, 30 ou 40 minutos, vamos virar, levantamos a tampa e viramos o peixe”, disse Lúcia Fernandes, representante das palaiês da Praia Messias Alves.

A atividade contou ainda com uma degustação do pescado defumado no forno FTT, cujo objetivo visou proporcionar uma experiência única, permitindo aos participantes explorar os sabores do pescado, aprender sobre o processo de defumação no forno FTT e seus benefícios, além do fortalecimento das palaiês do grupo de autoajuda desta comunidade.

Por outro lado, o ato serviu também para apresentar os resultados do projeto inovador para o processamento de pescado em conservas artesanais na ilha de São Tomé e Príncipe, no quadro da melhoria da cadeia de valor das espécies pelágicas costeiras do país, implementado pela FAO, com o financiamento da União Europeia (UE) e do Ministério Federal Alemão para a Cooperação Económica e o Desenvolvimento (BMZ).

A quantidade de peixe que pode ser fumado neste forno, varia entre 40 e 50 quilos, dependendo do tamanho da unidade.

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