Os médicos são-tomenses vão entrar em greve geral por tempo indeterminado a partir de 24 de outubro para exigir condições de trabalho e segurança, apontando incumprimento de compromissos assumidos pelo Governo, anunciou hoje o sindicato da classe.
No pré-aviso entregue hoje à ministra da Saúde e Direitos da Mulher, Ângela Costa, o Sindicato dos Médicos (Simed), refere-se a “várias reuniões havidas com os sucessivos Governos” e “assinatura de vários memorandos que não foram cumpridos por parte de nenhum deles, sobre uma série de inquietações que têm perturbado o bom funcionamento dos serviços e consequentemente põem em causa a sua qualidade”.
Os médicos denunciam a “ausência de condições de trabalho a todos os níveis”, a “precária segurança laboral do pessoal médico e não só”, bem como a “carência de consumíveis, medicamentos, reagentes” e meios complementares de diagnósticos, nomeadamente a radiografia e Tomografia Axial Computorizada (TAC).
“Não obstante diversos encontros junto ao Ministério de tutela, como o Governo, e devido ao incumprimento do último memorando assinado [….] entraremos em greve em todos os serviços de saúde, nomeadamente hospital Ayres de Menezes bem como em todas as áreas de saúde de todos os distritos de São Tomé bem como na Região Autónoma de Príncipe”, anunciam.
A greve, detalham, começa às 08H00 do dia 24 de outubro, e prolonga-se “por tempo indeterminado, ou seja, até que a resolução de todos os problemas referenciados seja cumprida”, lê-se no pré-aviso.