O primeiro-ministro, Patrice Trovoada promoveu uma mesa-redonda com os médicos e outros atores da saúde, para discutir e encontrar soluções para os problemas que afetam o sistema de saúde em São Tomé e Príncipe, tendo apontado algumas medidas urgentes para a melhoria do setor.
“Primeiro rapidamente nós temos que melhorar com urgência a questão do abastecimento de medicamentos e consumíveis, isso eu penso que se trata de elaborar aquelas necessidades que são as mais urgentes e as mais adaptadas em termos de resposta da situação de saúde que se encontra o país, paralelamente, melhorar a programação das compras e todo o circuito de decisão, de gestão, de planeamento quanto a compra de medicamentos e consumíveis”, disse Patrice Trovoada quando falava à imprensa.
“Evidentemente que há problemas de infraestruturas, há problema de falta de recursos humanos, de especialização, isso tudo leva a uma fraca motivação, é preciso voltarmos a (re)motivar o pessoal da saúde, porque muitos já não acreditam”, acrescentou o chefe do executivo são-tomense.
A construção de um hospital de referência, também foi um dos assuntos abordados no encontro, segundo Patrice Trovoada.
“É um processo que demora a seu tempo, já demorou também muito tempo, por isso falamos, evidentemente que eu comuniquei com os presentes qual é o estado de informação que nós temos, mas, o mais importante que isso, o que nós fazemos no entretanto, o hospital de referência tem que haver, é uma prioridade, mas, nesse país em que tudo é prioritário há coisas mais urgentes que temos que resolver”, precisou Trovoada.
Relativamente a greve dos médicos marcada para o dia 24 de outubro, o chefe do governo disse que este assunto não foi debatido no encontro.
“A greve evidentemente tem haver com o sector da saúde, mas, não foi o objeto de discussão, nem foi a intenção de termos uma reunião a volta da greve. Sabe que a greve é uma das reações que as pessoas têm para vir manifestar o seu estado de espírito, defender os seus direitos, contribuir também para a melhoria das coisas, a greve não é só uma coisa negativa ou de contra, então, nós veremos o que vai acontecer no que diz respeito a greve [porque] é um outro palco de discussão”, admitiu o chefe do governo, Patrice Trovoada.
A mesa-redonda aconteceu no sábado, na sala de conferência do Hotel Praia. No entanto, a próxima mesa-redonda sobre a saúde está agendada ainda para este ano.