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Ilha do Príncipe acolheu Assembleia Geral da UCCLA e espera apoios para recuperar patrimónios

UCCLA

O Governo Regional espera obter apoios da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) para captar fundos para a recuperação da arquitetura patrimonial em Santo António e outras cidades históricas, segundo Filipe Nascimento, durante a 40ª Assembleia Geral da UCCLA que decorreu na ilha do Príncipe.

“A UCCLA pode ser um dinamizador de sinergias, e aqui, o Príncipe conta com a UCCLA e todos os seus membros para trabalharmos nas candidaturas conjuntas a fundos para financiamento de recuperação da arquitetura patrimonial da cidade de Santo António e que acreditamos de muitas outras cidades históricas que clamam pela sua recuperação“, disse Filipe Nascimento no seu discurso.

O presidente do Governo Regional do Príncipe enalteceu uma moção votada nessa assembleia “para o reforço da mobilização da UCCLA, para melhor coordenação das cidades, na partilha de experiências e na gestão de desafios” enfrentados, como a gestão de resíduos, mitigação das alterações climáticas, promoção da sustentabilidade, do género e da juventude.

A 40ª Assembleia Geral da UCCLA, que reuniu representantes das cidades e capitais de países de língua portuguesa, foi realizada no espaço Ciência, na Roça Sundy, na Ilha do Príncipe, onde foi comprovada a teoria da relatividade de Albert Einstein em 1919.

Consideramos que as cidades têm poder inestimável no progresso do território e devem ser sempre tidas em conta pelos poderes centrais como aliados no processo de desenvolvimento dos nossos países, na perspetiva da complementaridade e conjugação de esforços para a propriedade”, sublinhou Filipe Nascimento.

Nesta 40ª Assembleia Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa foi assinado um memorando tripartido para financiamento da primeira fase de uma escola na Ilha do Príncipe.

Segundo Filipe Nascimento, este memorando representa “um investimento no futuro das crianças na língua portuguesa e na felicidade coletiva”.

Este é um exemplo de impacto que reflete a força da aliança das cidades”, admitiu Nascimento.

O Presidente da Assembleia Geral da UCCLA, reforçou que o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo depende da união das capitais lusófonas.

Não podemos esquecer que a nossa ligação está profundamente enraizada na partilha de uma língua comum, a portuguesa, que nos dá uma identidade, um propósito unificado. Através da nossa língua promovemos interculturalidade e cooperação e desenvolvimento humano”, disse Razaque Manhique, que também é Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Moçambique.

O Secretário-Geral cessante da UCCLA, também enfatizou a importância de olhar para o futuro da juventude na Ilha do Príncipe.

É um ato marcante nós olhamos para a juventude, a certeza absoluta de que esta terra tem muito para nos oferecer, sobretudo, na garantia da sobrevivência como património da reserva da biosfera mundial”, disse Vitor Ramalho.

A 40ª Assembleia Geral da UCCLA culminou com a eleição de Luís Campos Ferreira como novo Secretário-Geral da organização para o biénio 2024-2026, substituindo assim o Vítor Ramalho que esteve no cargo durante 12 anos.

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