O auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de São Tomé e Príncipe acolheu na quinta-feira, 14, uma conferência sob o lema “O professor universitário e o seu perfil: que papel para a investigação” destinada aos docentes do Ensino Superior, com o objetivo de ajudar os mesmos a desenvolverem as suas próprias dinâmicas de investigação.
Esta conferência surge no âmbito do 3º Eixo do Projeto de Ensino e Reforma da Governação Educativa (ERGUES), cuja abordagem trata-se da investigação, que também visa ajudar a universidade a criar também o seu próprio Centro de Investigação.
“Através das universidades portuguesas que são parceiras do projeto, estamos a promover um trabalho colaborativo com a Universidade [de São Tomé e Príncipe] no sentido de dar resposta a um pedido também que Ministério [da educação ] fez e a própria reitoria da Universidade que gostava de começar a ter um Centro de Investigação a funcionar“, disse Leonor Santos, membro do Projeto ERGUES.
“Esta conferência vem […] ajudar os professores da Universidade de São Tomé e Príncipe para começar a pensar, e a motivarem-se. Esperamos nós, para um dia também se envolverem no próprio centro de investigação da USTP e perceberem que papel podem ter para ajudar a construir conhecimento para São Tomé e Príncipe e para o mundo“, acrescentou.
O Projeto ERGUES, com a duração de 36 meses (de 1 janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2026), tem como objetivo geral contribuir para a melhoria da qualidade, da equidade e da inclusão no sistema educativo de São Tomé e Príncipe, atuando em 4 eixos de intervenção, dentre eles, ensino técnico-profissional de dupla certificação, materiais didáticos digitais para o ensino básico e secundário, formação de professores e investigação em educação e reforço da capacidade institucional do Ministério da Educação.
O evento contou com a presença de docentes de diversas áreas da Universidade de São Tomé e Príncipe, e também com a participação de estudantes do referido estabelecimento de ensino, que serão os futuros docentes.
“A missão da universidade é uma missão que deve conjugar investigação, formação, ensino e nesta medida é importante que os estudantes do ensino superior também se vejam envolvidos em ambientes de investigação, portanto, de alguma forma embora os cientistas sejam os professores, mas aqueles que estão a se formar também é importante que comecem a ter experiências de investigação e tenham contacto com o conhecimento mais recente que é produzido“, ressaltou Leonor Santos.
O Projeto ERGUES é financiado pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, I.P., e cofinanciado por fundos próprios dos parceiros envolvidos na sua implementação – AMVF (entidade coordenadora da ação), Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), Universidade de Aveiro, Universidade de Évora, Universidade Católica Portuguesa e Instituto Politécnico de Santarém –, este projeto é implementado em estreita parceria com o Ministério da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe e com a Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP).