A taxa de incidência do paludismo caiu de 290,49‰ para 15,27‰ em São Tomé e Príncipe, uma redução de 94,74%, após três ciclos de tratamento em massa realizados no país com o apoio do Gabinete Consultivo Chinês de Luta Contra Paludismo, onde a taxa de portador de plasmódio e a taxa de portador de gametófito também caíram para 0.
“Este resultado trouxe uma nova esperança para a eliminação do paludismo no país”, disse o Chefe do Gabinete Consultivo Chinês de Luta Contra Paludismo em São Tomé e Príncipe, Guo Wenfeng.
A República Popular da China tem ajudado São Tomé e Príncipe a combater o paludismo desde 2017, através do projeto de demonstração de tratamento em massa, uma nova estratégia que tem apresentado resultados positivos em diversos locais e foi aplicada em algumas localidades de alta incidência de paludismo em São Tomé e Príncipe.
“Acredito que, com a implementação desta estratégia em todas as ilhas de São Tomé e Príncipe, o país poderá, em breve, atingir a meta de eliminação do paludismo. A rápida eliminação do paludismo traria benefícios substanciais para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe em diversos aspetos, incluindo a economia e o turismo, promovendo um crescimento económico significativo”, afirmou Guo Wenfeng.
Nesta quarta fase, o projeto de demonstração foi expandido para 10 localidades com alta incidência de paludismo no distrito de Água Grande, na Ilha de São Tomé, onde a população cadastrada é de 13.665 pessoas, sendo que várias comunidades têm participado ativamente na eliminação desta doença.
“Esta estratégia consiste em administrar medicamentos anti palúdicos simultaneamente a toda a população de uma determinada área e em um período específico, para que todos os indivíduos fiquem livres de plasmódios. Com a ausência dos plasmódios, os mosquitos Anófeles não podem adquirir os plasmódios através da picada, interrompendo assim a transmissão do paludismo”, explicou o Chefe do Gabinete Consultivo Chinês de Luta Contra Paludismo em São Tomé e Príncipe.
Os técnicos nacionais também têm trabalhado com a equipa chinesa nesta causa, uma vez que as localidades de Oquel-del-rei, Bairro da Liberdade e Campo de Milho, são as mais afetadas pela doença.
“Nós como técnicos também vamos ajudá-los [equipa chinesa] e o governo que é para ver se eliminamos na realidade o paludismo em São Tomé. Há zonas que no terreno nós vimos como mãe de paludismo, como por exemplo, Bairro da Liberdade, Oque-del-rei, são zonas que têm muita incidência de paludismo, e há zona que pode estar no terceiro lugar como, São João da Vargem, Atrás de Cemitério”, revelou o técnico de Busca Ativa em São Tomé, Alberto Vieira.
A República Popular da China, enquanto um forte parceiro de São Tomé e Príncipe, está determinada em ajudar o país a erradicar o paludismo até 2025.