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PR reafirma que a emigração ultrapassa 25% da população e diz-se preocupado com o fenómeno

Carlos Vila Nova que falava após visitar os Serviços de emigração e Fronteiras (SMF) e reunir-se com responsáveis da instituição, sublinhou que “há dados estatísticos” e documentários que confirmam o que revelou há um ano que os números da emigração “são elevados”.

“São bem superiores ao que eu há um ano e meio já alertava […] o número ultrapassa um quarto da nossa população”, sublinhou o Presidente da República.

“Mas não é pelos números a minha grande preocupação”, disse o chefe de Estado, precisando que a sua preocupação é a necessidade de se interpretar o fenómeno para saber como lidar com o mesmo.

“Porquê que há esse fenómeno de saída de tal forma, vertiginosa? Porquê que uns se adaptam no país de acolhimento, outros não [e] têm de regressar? Em que condições regressam? Como é que serão reinseridos na nossa sociedade novamente?”são perguntas que o Presidente da República quer encontrar respostas.

“Conhecemos os são-tomenses […] quando viajamos, partimos para não voltar e desfazemos de todos os nossos bens”, acrescentou.

No entanto, o chefe de Estado considerou que “o alerta foi percebido e está em curso” uma estrategia para lidar com a questão que “é uma preocupação nacional agora”.

Sobre a visita aos Serviços de Migração e Fronteiras, o Presidente da República disse ter constatado que “como todas as instituições, há dificuldades”, sendo “algumas delas de solução praticamente dentro da casa, mas outras que precisam do apoio de outras instituições”.

“Refiro-me à falta de equipamentos em quantidade e qualidade suficiente para melhor exercer a sua atividade, quer de emitir, quer de recolha de dados pessoais das pessoas, quer até de verificação da autenticidade dos documentos que levam à emissão do passaporte para evitar outro tipo de problemas aqui e aos países também por onde os viajantes passam”, precisou.

Outra preocupação tem a ver com as receitas da instituição, no âmbito dos objetivos e “necessidade de promover, divulgar a imagem do país, atrair o turismo”, o Estado optou pela isenção de vistos à vários países, e o que representa redução de receitas para os Serviços de Migração e Fronteiras.

No entanto, Carlos Vila Nova defendeu que é preciso encontrar outras formas “de arrecadar mais receitas sem penalizar realmente os utentes”.

“A instituição precisa de apoio, ela precisa de acompanhar a modernidade neste mundo de viagens e de turismo e de segurança imigratória, mas que também precisa de se atualizar para os novos tempos e também por causa dos inúmeros conflitos que existem pelo mundo, porque a transversalidade obriga que essa instituição esteja bem capaz”, defendeu o Presidente da República.

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