Foi inaugurada no dia 3 de dezembro, a fábrica “Gelo Sul”, na localidade de Porto Alegre, distrito de Caué, com o objetivo de apoiar os pescadores, as palaiês e a população local na conservação do pescado, fortalecendo a economia na comunidade.
A infraestrutura foi construída no âmbito de um projeto desenvolvido por um consórcio de ONG’s em parceria com o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, que visa estabelecer uma rede de áreas marinhas protegidas em São Tomé e Príncipe, adotando uma abordagem de co-gestão.
“As ONGs são os nossos parceiros porque o governo não consegue fazer tudo, então aquilo que o governo não consegue, os parceiros nos ajudam, e para os parceiros poderem também nos ajudar, o governo tem que assinar, porque se o governo não disser sim, ninguém consegue vir aqui [para] mobilizar fundos“, disse o ministro da agricultura.
“Muita gente pode pensar que isso é uma pequena obra […] é uma grande obra, porque o impacto que ela vai ter na comunidade vai ser grande, os peixes que estragaram no passado, já não estragarão no presente e futuro, mas tudo isso depende do empenho e do zelo dos gestores e também das pessoas que moram nas comunidades“, acrescentou Abel Bom Jesus.
Abel Bom Jesus apelou aos beneficiários para utilizarem o equipamento de forma responsável e eficaz, visando o benefício coletivo da população.
“Eu acredito que com o aprendizado que vocês tiveram, irão dar um bom uso a esse centro de produção de gelo, porque, para vos dizer que existem outras comunidades que estão a precisar, mas, nós decidimos eleger Porto Alegre para poder ser beneficiado com esse projeto, e nós pedimos a população e aos gestores para melhor gestão [desta fábrica], porque se não, passando um ano ou dois, isso tudo vai a falência”, precisou o tutelar da pasta.
Bom Jesus voltou a acrescentar que “o comportamento social é algo que ajuda muito no desenvolvimento” do país. No entanto, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca aproveitou a ocasião para anunciar um concurso público para a aquisição de botes de pescas, que serão distribuídos em várias comunidades do arquipélago.
“São cerca de 200 embarcações para todo o país, ou seja, para as zonas piscatórias, e a zona de Porto Alegre é uma das potenciais zonas de pesca que nós temos“, afirmou.
Para além desta fábrica de gelo, o projeto contemplou os pescadores e palaiês da localidade de Porto Alegre com ações de formações.
“É de louvar este bom gesto do nosso governo e as ONGs que esforçou tanto para nos dar esse apoio, que primeiramente sofremos por várias formações para estar no assunto. Hoje nós temos a nossa fábrica de gelo, e nós estamos feliz com isso, porque é uma valia de ter essa oportunidade“, disse Edney Constantino, um dos moradores da comunidade de Porto Alegre.
