MCI-PS/PUN defende novo Governo com “poucas figuras” e capaz de reformar STP

Domingos Monteiro felicitou a primeira-ministra nomeada, desejando “boa sorte” e apelando “para que governem e resolvam a situação deste povo que tanto sofre”.

País -
Rádio Somos Todos Primos

A coligação MCI-PS/PUN, com acordo parlamentar com o partido que vai formar o novo Governo de São Tomé e Príncipe, defendeu hoje um executivo “com poucas figuras” e capaz de reformar a estrutura do país para resolver os problemas do “povo que tanto sofre”.

“A nossa opinião, como sempre, é de termos um Governo com poucas figuras, mas o partido que ganhou as eleições tem as suas estratégias e a sua forma de formar o Governo e nós respeitamos […]. Achamos que a estrutura desse país é muito pesada e há que se reformar a estrutura”, defendeu o presidente da coligação Movimento de Cidadãos Independentes-Partido Socialista/Partido de Unidade Nacional (MCI-PS/PUN).

O 18.º Governo são-tomense demitido na segunda-feira tinha 14 elementos, incluindo o primeiro-ministro. 

Domingos Monteiros assegurou que, MCI-PS/PUN “não aceita, como nunca aceitou fazer parte do Governo” porque não ganhou as eleições, e “apenas está na Assembleia para contribuir com tudo que vier e tudo que for de facto feito para resolver o problema deste povo”.

“Qualquer partido que estiver no poder pode contar connosco”, assegurou.

O presidente do MCI-PS-PUN clarificou que o seu militante que integrou o anterior Governo como ministro das Infraestruturas não estava em representação da coligação, e não haverá qualquer problema se for afastado ou se outros elementos forem chamados a título individual para o próximo executivo.

A coligação saudou a nomeação de Ilza Amado Vaz para chefiar o próximo executivo, sublinhando que, perante a crise política, “quem paga é o povo” e que o MCI-PS/PUN sempre defendeu que “o povo não pode estar a sofrer” por causa das irresponsabilidades dos dirigentes políticos.

Domingos Monteiro felicitou a primeira-ministra nomeada, desejando “boa sorte” e apelando “para que governem e resolvam a situação deste povo que tanto sofre”.

Ao primeiro-ministro cessante, Patrice Trovoada, desejou boa sorte nas outras funções e pediu que “continue a dar tudo de si para ajudar esse povo e país”.

A atual ministra da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos são-tomense, Ilza Amado Vaz, que exerceu a mesma função entre 2014-2018,  foi nomeada na quinta-feira primeira-ministra de São Tomé e Príncipe, em substituição de Patrice Trovoada, demitido na segunda-feira pelo Presidente da República.

A jurista Ilza Amado Vaz será a terceira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra de São Tomé e Príncipe e foi escolhida pelo Presidente são-tomense entre as três figuras proposta pela Ação Democrática Independente (ADI), que incluía a presidente do parlamento, Celmira Sacramento, e a ministra da Saúde e Direitos da Mulher, Ângela Costa.

Antes, a ADI propôs o ex-ministro das Finanças e antigo Governador do Banco Central, Hélio Vaz de Almeida, mas a escolha foi rejeitada pelo Presidente da República.

O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova demitiu o Governo, apontando “assinalável incapacidade” de solucionar os “inúmeros desafios” do país e “manifesta deslealdade institucional”, segundo o decreto presidencial.

“Ao longo destes anos privilegiei sempre a estabilidade governativa e nacional porque não faltaram motivos e razões para que eu pudesse ter demitido este Governo”, declarou o chefe de Estado, na quinta-feira, em conferência de imprensa.

Carlos Vila Nova sublinhou, nomeadamente, a falta de lealdade institucional, assinatura de acordos internacionais sem conhecimento do Presidente da República, exemplificando com a Turquia e a Venezuela, e ainda cerca de seis meses e três semanas de ausências do chefe do Governo do território nacional, das quais o chefe de Estado só teve conhecimento quando já decorriam.

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