A atleta são-tomense, Gorete Semedo, que atua no Atlético de Póvoa de Portugal, conquistou no último fim de semana, a medalha de ouro, ao vencer a prova dos 60m femininos com a marca de 7,45 segundos, no campeonato do norte de pista coberta que decorreu em Braga, Portugal, alcançando assim mais uma medalha de ouro na história.
A velocista que já foi campeã absoluta do Porto e do Norte, considerou em declarações à RSTP que a prova foi fácil por não ter “nenhuma adversária tão forte” nesta competição, sublinhando que esta conquista é mais um sentimento de “felicidade e de motivação” para continuar a trabalhar.
“Estou a ver o meu trabalho a ser recompensado, estou a colher os meus resultados. Cumpri com o meu dever para com o meu clube, dei os pontos máximos e fomos campeões [é um] sentimento de dever cumprido”, disse a atleta à RSTP.
A equipa de Póvoa, que entrou a vencer neste ano, mostrou-se em grande forma no Campeonato Absoluto do Norte de Pista Coberta. As formações masculina e feminina sagraram-se campeãs zonais e regionais após dominarem as respetivas competições.
A atleta são-tomense que atualmente veste as corres de Atlético da Póvoa do Varzim de Portugal, já passou pelo Benfica e Fátima. Aos 28 anos participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, após alcançar o primeiro lugar na Série 3, com o tempo de 11.44 segundos na prova dos 100 metros, com o qual passou para a segunda fase, mas ficou pelo caminho com a marca de sexto lugar na classificação geral.
Nesta que foi a sua estreia nos jogos olímpicos, Gorete Semedo conseguiu a segunda melhor marca geral na Fase Preliminar, ficando atrás da atleta Natacha NGOYE, da República Democrática do Congo, que teve a marca de 11.34 segundos.
Já na Série 2, na qual competiu com ‘atletas de elite e ´top mundiais’, Gorete Semedo alcançou o sexto lugar, com o tempo de 11.43 segundos.
No ano passado, a atleta participou na 23ª edição do Campeonato Africano de Atletismo, que decorreu em Douala, representando São Tomé e Príncipe nos 100m, onde atingiu a marca de 11.70 nas eliminatórias.
Em 2014, com a sua participação nos jogos da Lusofonia (CPLP) na Índia, passou a ser conhecida internacionalmente levando o bom nome de São Tomé e Príncipe ao mais alto nível.
Em 2019, a atleta emigrou para Portugal, beneficiando de uma bolsa olímpica no Centro Desportivo Nacional de Alto Rendimento de Jamor em Lisboa, mas foi no clube de Fátima onde foi considerada a melhor velocista dos 60, 100, 200 e 400 metros.
Em dezembro do ano passado, foi distinguida entre as “100 personalidades mais influentes da lusofonia”, num evento realizado em Lisboa, Portugal.
Semedo começou a treinar desde 2012, aos 16 anos em São Tomé e Príncipe e mesmo diante das dificuldades que enfrentava, com determinação e muita disciplina, encarou as dificuldades como um grande incentivo e tem conseguido representar o país em diversas competições nacionais e internacionais.
