Mais seis homens ficaram em prisão preventiva nas últimas 48 horas, sendo quatro na ilha do Príncipe e duas em São Tomé, por abuso sexual de menores, anunciou o Ministério Público, elevando para sete as prisões decretadas em uma semana.
“No âmbito da investigação de um auto de instrução, registado na Procuradoria da República de Príncipe, o Ministério Público, ordenou a detenção, fora de flagrante delito, de 4 suspeitos por abuso sexual de duas menores”, na ilha do Príncipe, anunciou hoje o Ministério Público são-tomense.
O MP não indica a idade dos quatro arguidos, mas refere que “em causa estão factos suscetíveis de integrarem, por ora, crimes de abuso sexual de criança de 13 anos”.
Também em São Tomé dois indivíduos de 20 e 21 anos, ficaram em prisão preventiva desde quarta-feira, suspeitos da prática de abuso sexual de duas menores de 14 e 13 anos.
De recordar que na terça-feira foi detido e colocado em prisão preventiva, o coordenador da Polícia Judiciária na ilha do Príncipe, suspeito da prática de um crime de abuso sexual de uma menor de 14 anos.
Segundo o pai da menor, a ficou grávida em resultado do abuso e o arguido tentou ocultar o caso com promessas de viagens, oferta de terreno e outros presentes.
Além desse caso envolvendo o diretor regional da Polícia Judiciária, a RSTP sabe que o empresário e promotor de eventos, conhecido por ‘Biba’ está em prisão preventiva desde finais de dezembro, acusado também por um crime de ato sexual com uma adolescente de 15 anos, que ficou grávida e teve um filho.
Segundo o Ministério Público todos os processos, que continuam em investigação, permanecem em segredo de justiça.
Nos últimos anos têm sido registados vários casos de abuso sexual e violações em São Tomé e Príncipe, incluindo pais que abusam de filhas, resultando em gravidez das menores.
Em dezembro do ano passado o cantor Haylton Dias, uma das principais vozes da música são-tomense, e em janeiro deste ano, o ex-deputado são-tomense, Nenésio Afonso, foram condenados por 13 e 25 anos de prisão, respetivamente, por crimes de abuso sexual menores, sendo que a vítima do ex-deputado foi a própria filha.
