A Federação Santomense de Natação, relançada em 2021, realizou no sábado, 25, na praia ex-PM, o primeiro festival de natação em São Tomé, com o objetivo de apresentar aos pais e ao público, as habilidades adquiridas pelos participantes, e promover a interação entre os nadadores.
“Nós estamos a dar os primeiros passos, e estes alunos têm aproximadamente três ou quatro meses de competição e era preciso nós fazê-los sentir de que não é só nadar, é aprender a nadar, mas também fazer competição para avaliar e comprando o nível entre eles, e estimular a motivação para a prática [de natação]”, disse o presidente da federação, Angélico Santos.
“É preciso nós sensibilizarmos a nossa juventude a praticar a natação, porque a maior parte da nossa população não pratica a natação, também a nossa juventude não pratica a natação e isto é uma situação bastante complicada para um país cujo as alterações climáticas já começam a ser um problema e é necessário nós investirmos ao nível da mudança do comportamento e da mentalidade”, acrescentou.
Apesar das condicionantes, a Federação de Natação pretende expandir a prática da modalidade para outras praias de São Tomé e na Região Autónoma do Príncipe.
“Devido a falta de recursos nós só estamos no distrito de Água Grande, mas já em fevereiro, vamos massificar e descentralizar a prática de natação, vamos levar a natação em primeiro lugar à várias praias, começando pela praia de Pantufo, Praia Melão, Santana, Praia Gambôa, Messias Alves e estendendo paulatinamente para outras praias, sem esquecer da Região Autónoma do Príncipe”, avançou Angélico Santos.
O novo Ministro da Saúde, que também tutela área do Desporto, destacou a importância da natação para a saúde e para o país.
“A natação por si só é o desporto mais completo que existe, é atividade desportiva onde todos os músculos estão em movimento, é uma atividade onde não há praticamente efeitos colaterais para o indivíduo que o pratica, e muito porque também é feito na posição horizontal, não há uma carga sobre o organismo da pessoa, portanto eu aconselho a todos vivamente que pratiquem a natação como alternativa também a proteger a sua própria saúde “afirmou o Ministro.
Em novembro do ano passado, o presidente da Federação Santomense de Natação, em entrevista à RSTP afirmou que “a falta de infraestruturas adequadas, além da carência de recursos e equipamentos tem condicionado o desenvolvimento de natação em São Tomé e Príncipe.
Angélico Santos sublinhou ainda que um dos maiores desafios que a federação enfrenta “tem a ver com a construção de uma piscina ao nível nacional”, tendo desafiado as autoridades do país para “rever a questão da piscina do clube náutico” que deixou de funcionar há vários anos.
“[As autoridades também têm que saber] quem pode avançar com o processo e trabalharmos todos para que possamos retomar o funcionamento daquela piscina, o que seria uma mais-valia para a federação de natação e não só e um passo bastante importante no caminho para a construção deste grande edifício que nos leva a ter uma natação saudável ao nível do país”, referiu Santos em entrevista à RSTP.
A Federação Santomense de Natação, foi relançada em Maio de 2021, com o objetivo de promover a prática do desporto no país. No entanto, Angélico Santos, avançou que 80% da população são-tomense não sabe nadar, um fator que não só limita o acesso ao desporto desde a infância, mas também dificulta a conscientização sobre a importância da natação, tanto como atividade física quanto como habilidade essencial para a segurança nas águas, especialmente em um país insular.
