Professor e cantor são-tomense quer apoio para tratamento médico em Portugal

San Fantoma que leciona na escola preparatória Patrice Lumumba, referiu que já fez pedidos para algumas instituições, como a Direção da Cultura, o Governo, empresários e pessoas de boa vontade para conseguir apoio para ir à Portugal para um “tratamento médico mais eficaz”, mas continua sem respostas positivas.

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San Fantoma

O professor, cantor e compositor são-tomense, Anastácio Ramos, mais conhecido artisticamente como “San Fantoma” quer apoio para seguir com tratamento médico em Portugal, por causa de lesões, feridas e deficiência em uma das pernas que surgiram por causa da vacinação contra poliomielite na infância.

A perna como tem defeito, as vezes uma arranhadura já me complica e as vezes essa complicação, faz-me parar no hospital, porque a pele ali é muito sensível”, contou.

Eu saí do hospital ultimamente com o problema dos pés […] e ali foi um pouco mais grave, porque já tiveram que me tirar a pele de uma parte do corpo para tapar os locais onde as feridas apareceram”, acrescentou.

San Fantoma que leciona na escola preparatória Patrice Lumumba, referiu que já fez pedidos para algumas instituições, como a Direção da Cultura, o Governo, empresários e pessoas de boa vontade para conseguir apoio para ir à Portugal para um “tratamento médico mais eficaz”, mas continua sem respostas positivas.

O artista garante que a sua deslocação “não seria para emigrar”.

Será apenas para tratamento de alguns meses para ver como é que a pele está e depois regressar para São Tomé e Príncipe, porque eu não posso abandonar a educação. Tudo que eu adquiri até ao preciso momento, é graças a educação, por isso que não posso abandonar a educação”, disse.

Eu coloquei Deus em primeiro lugar e os médicos também foram muito pacientes comigo e hoje, eu não considero melhor na totalidade, mas o que Deus fez por mim, eu entrei em 2025 feliz, porque o que me incomodava muito, já não está a incomodar, agora só espero recuperar um pouco para retomar as minhas atividades escolares, porque ainda estou em casa de repouso”, acrescentou.

San Fantoma, é um dos vocalistas principais do conjunto “Kua Nón”, agrupamento musical que nos últimos anos tem atraído os dançarinos de fim de semana em diversas atividades ao nível do país.

San Fantoma

Em entrevista à RSTP, o autor da música “minha cumadre, cueza muito”, que foi uma das mais ouvidas em São Tomé e Príncipe em 2024 disse que está a preparar novos trabalhos musicais, para continuar a bater o recorde em 2025.

A paixão pela música surgiu desde muito cedo, aos 17 anos de idade na Ilha do Príncipe, com influências de alguns grupos culturais, principalmente do extinto conjunto “África Verde”, que tinha na altura, como vocalista principal, o falecido Carlos Santos e depois o conhecido artista, Chico Paraíso que reside na Região Autónoma do Príncipe.

Mais tarde, após viajar para São Tomé para continuar os seus estudos, Anastácio Ramos ganhou mais gosto pela música e passou a integrar no extinto grupo “Multi-estilo”, onde teve a sua primeira atuação numa das atividades na capital do país, interpretando a música do artista camaronês Sam Fan Thomas intitulada “African Typic Collection”, de que é fã, na qual agradou ao público que passou a lhe chamar de “San Fantoma” são-tomense, nome que adotou no mundo da música.

Com passar dos tempos, integrou em vários agrupamentos musicais em São Tomé, como guitarrista, corista e depois como vocalista, com destaque para “Amissol, Rock Som, Sangazuza, Conjunto Santomense e Conjunto do Povo” e atualmente, vocalista do conjunto Kua Nón.

Em caso de ajuda, contacte: +239 992 7622

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