Os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovaram o plano de ação para o ano 2025-2026, com o objetivo de promover um ensino superior inclusivo e inovador, bem como o desenvolvimento sustentável e a criação de capacidades tecnológicas nos países membros.
“A criação de mecanismos e plataformas como o observatório do ensino superior da CPLP, repositório científico da CPLP e a rede de instituições de fomento à inovação, são apenas alguns exemplos de iniciativas concretas que demonstram o nosso compromisso em fortalecer os laços entre os países e promover a integração do conhecimento cientifico, educacional e tecnológico”, disse a ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Abreu na cerimónia de abertura da X reunião dos ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP que aconteceu em São Tomé.
Isabel Abreu assegurou que estes projetos, não só contribuem para a melhoria da qualidade do ensino nos países membros, mas posiciona como um bloco forte no cenário internacional da ciência e tecnologia.
“Devemos estar conscientes de que os desafios ainda são muitos, a pandemia da Covid 19, por exemplo, expôs fragilidades em nosso sistema educativo e científicos, destacando a importância da digitalização, da inovação tecnológica do acesso à informação”, afirmou a ministra.
“O nosso grande desafio agora é garantir que todos os países da CPLP possam usufruir de igual acesso a estas tecnologias, que possamos garantir um futuro mais inclusivo”, acrescentou.
Isabel Abreu destacou ainda que “a mobilidade de estudantes, pesquisadores e docentes, a criação de programas conjuntos de formação avançada e o fomento da internacionalização das universidades” são ações necessárias para que cada país membro da CPLP possa avançar de forma mais equitativa.
“Os jovens de hoje serão responsáveis pela construção do futuro que almejamos e cabe a nós garantir que eles tenham ferramentas à educação e a oportunidades necessárias para alcançar o seu pleno potencial”, admitiu a ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior.
O diretor da ação cultural da CPLP, João Ima-Panzo defendeu que a comunidade lusófona “deve ser um catalisador para o uso das novas tecnologias de forma inclusiva e sustentável”.
“A transição digital e a inteligência artificial são fenómenos que exigem uma abordagem integrada, garantindo que as transformações tecnológicas sejam acompanhadas por estratégias que promovam um desenvolvimento humano e equidade e o acesso ao conhecimento”, frisou Ima-Panzo.
São Tomé e Príncipe assumiu a presidência rotativa da CPLP em setembro de 2023 com o lema “Juventude e Sustentabilidade”.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.