Casal acusa hospital pela morte de bebé após lesão no pescoço durante o parto

Confirmada a morte da criança, os familiares afirmam que foram confrontados com outra situação estranha, envolvendo funcionários do mortuário.

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Um casal jovem residente em Canavial, distrito de Lobata, responsabilizou hoje os serviços da maternidade do Hospital Central pela morte da sua filha, após lesão no pescoço da criança durante o parto, na quarta-feira.

A família diz que após o falecimento da criança houve tentativa de se abafar o caso, sugerindo que o corpo da bebé fosse queimado ou enterrado sem ser registrado.

O casal que estava prestes a ser pais pela primeira vez, aguardava ansiosamente pela chegada da menina ao mundo, mas que não chegou a acontecer após dificuldades no parto. A mãe disse que estava a ser a acompanhada por apenas por uma parteira.

Só uma parteira [que me acompanhou] e ela não me disse nada, só estava a me dar berros, a me zangar porque é o horário para ela dormir e não para chatear ela, porque cada vez que a dor me apertava e eu chamava ela, e ela me zangava”, contou a mãe.

No entanto, Márcia dos Santos de 20 anos, afirmou que a criança nasceu viva, por isso acredita que a sua filha terá perdido a vida por erros durante o parto, sublinhando que durante a gravidez, tinha seguimento médico e que não havia nenhum problema com o bebé.

Bebé [quando estava a sair] estava a mexer, não estava morta, se estivesse morta, os pés não mexiam […] eles mataram bebé”, alegou.

Eu ia todo momento para consulta [quando enfermeira marcava], eu fiz ecografia, me disseram que o bebé está bom, agora para chegar este momento para a criança morrer assim, a bebé morreu mal”, acrescentou.

Confirmada a morte da criança, os familiares afirmam que foram confrontados com outra situação estranha, envolvendo funcionários do mortuário.

Eu estava no mortuário e ele [funcionário] me disse se temos como dar eles algum valor e que vão resolver tudo e que podemos ir embora, que não é preciso fazer o registo da criança, e logo que ele me falou isso eu saí com muita raiva”, contou o pai, Henrique dos Santos.

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Perante esta situação, os familiares pedem esclarecimentos do caso e que a justiça seja feita.

O que eu quero é pelo menos uma justiça, porque se eu for fazer a minha justiça não vai acabar bem, nem para mim nem para quem fez isso, porque eu tentei tomar uma decisão, mas me deram conselhos e decidi abandonar para não fazer nenhum tipo de justiça, vou entregar tudo nas mãos de Deus”, disse Henrique dos Santos.

Eu apelo ao governo para tomar providencia com esta situação”, apelou.

Eu peço uma justiça, porque isso não pode acontecer assim, que possam nos ajudar a resolver esta situação. É o primeiro filho do casal, lutaram muito para ter estas crianças, hoje para estar a morrer desse jeito“, lamentou Anita Lopes, uma das famílias.

Informações recolhidas pela RSTP dão conta que os serviços hospitalares deverão reagir ao caso na sexta-feira.

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