O líder da Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe, maior central sindical são-tomense, acredita que haverá mais diálogo, respeito pela liberdade sindical e menos greves no arquipélago que tem um novo Governo “com sinais” de querer melhorar as condições salariais dos trabalhadores.
“O cenário indica que com esse Governo, pode haver mais diálogo e quando há diálogo, dificilmente recorre-se à greve [….] acreditamos que a estrutura desse Governo pode criar mais clima de paz e de confiança”, disse o secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe (ONT-STP).
João Tavares destacou maior abertura do novo primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos, que pouco tempo após a tomada de posse, em 14 de janeiro, convidou os sindicatos para um encontro de cortesia para demonstrar o interesse de trabalhar em conjunto para a solução dos desafios dos trabalhadores.
Américo Ramos substituiu no cargo o ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, que foi demitido pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, no dia 06 de janeiro, com o fundamento de deslealdade institucional e incapacidade governativa.
“Eu acho que esse ano, ao iniciar, criou um novo horizonte, uma nova luz na democracia e isto para o movimento sindical é muito importante, porque quando não existe a liberdade sindical, está em causa a democracia”, considerou o líder da ONT-STP.
Segundo João Tavares, para os sindicatos, a mudança de primeiro-ministro “foi uma vitória”, com impacto na sociedade são-tomense.
“Aquele ar que as pessoas sentiam na rua, de medo, deixou de existir. No dia seguinte via-se no rosto das pessoas uma outra manifestação e para o movimento sindical foi uma excelente medida tomada”, declarou o sindicalista.
