Antonieta Almeida promove desfile de moda para destacar a “Evolução dos Trajes Tradicionais” de STP

A estilista anunciou para já a preparação de um próximo evento em agosto deste ano, com um estilo mais diversificado com as matérias-primas de São Tomé e Príncipe.

Cultura -
Antonieta Almeida

A estilista são-tomense, Antonieta Almeida realizou no sábado, 8 de março, no Museu Nacional um desfile de moda exclusivo cheio de criatividade e modernidade sobre a “Evolução dos Trajes Tradicionais em São Tomé e Príncipe”, alusivo ao Dia Internacional das Mulheres, cuja inspiração reside nas ricas tradições e cultura do arquipélago.

Para quem vê os meus trajes modernizados, tem aquele toque especial, mas só que eu modernizei um pouco, transformei e dei um toque especial meu, já não é aquela coisa nossa, transformei totalmente [os meus trajes]”, disse a estilista Antonieta Almeida.

A iniciativa visa promover a valorização da identidade cultural do país, através da moda, reforçando o papel da mulher na preservação das tradições e na inovação artística.

Presenciamos hoje neste sublime ato, sobre trajes típicos de São Tomé e Príncipe, elemento por excelência, ecossistema cultural do país, simbólico através do qual vincula a identidade, a pertença, refletindo a história, a evolução cultural e a nossas práticas ancestrais”, frisou a ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Abreu, admitindo ainda que estes trajes tradicionais do arquipélago “contribuem para o fortalecimento, preservação e promoção” da cultura são-tomense.

Contribuindo também para que apropriemos daquilo que nos difere dos demais, e permitindo comunicar através das nossas vestimentas”, acrescentou.

O Presidente da República que presidiu a abertura do evento, defendeu a preservação da história e cultura do povo são-tomense, sublinhando que a herança cultural deve constituir o património do país.

Ainda que a sociedade evolua, a história não se pode extinguir, deve ser preservada e partilhada, é como dizer-se que a história faz de nós quem somos”, disse Carlos Vila Nova enfatizando que “a realização deste evento é ainda uma ocasião ímpar para que muitos” são-tomenses relembrem “os trajes tradicionais tipicamente usados outrora em função da ocasião”.

Mas, igualmente, para conhecemos o historial associado a cada um deles e percebemos as mudanças sofridas ao longo dos anos”, ressaltou Vila Nova.

O chefe de estado são-tomense voltou ao passado e lembrou dos relatos ligados aos trajes tradicionais durante o período colonial, como “Fato de linho branco e Bibe”.

Eu gostaria de ver bibes mais modernos a circular por aí, é um traje nosso, mas eu não abdico do traje de gala, fato de linho branco, até então, coisas de uma determinada época, mas que se pode colher mais informações e reunir documentação para o fortalecimento deste património”, defendeu.

Por outro lado, estes e outros factos ligados ao lema deste evento que associado à sua respetiva evolução ao longo dos tempos, também pode constituir como forma de motivação turística, o que pode ser muito bom para o desenvolvimento do turismo”, adiantou.

Vila Nova aproveitou para lançar um desafio ao Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior “para que possa avaliar a possibilidade de efetuar eventos regulares sobre esta matéria”.

Seja por via de exposições, concursos, introdução do dia do traje tradicional e, ou ainda, estudos em forma de teses, como forma de enriquecer ainda mais o histórico património cultural de São Tomé e Príncipe”, vincou.

Sendo certo que existem trajes tradicionais masculinos e femininos que nos dias que correm, ainda se mantêm, destacando se muito mais a versão feminina, pela variedade e a capacidade de difusão, são melhor que nós os homens, porque conseguem fazer passar a mensagem facilmente nesta matéria, do modelo mais tradicional ao modelo mais moderno, é importante acautelarmos a preservação da nossa cultura, pois é ela que nos identifica”, concluiu o chefe de estado são-tomense.

A estilista Antonieta Almeida anunciou para já a preparação de um próximo evento em agosto deste ano, com um estilo mais diversificado com as matérias-primas de São Tomé e Príncipe.

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