A Associação Humanity First, da comunidade Islâmica Ahmadiyya, tem dois centros de acolhimentos para idosos e crianças abandonadas em São Tomé e Príncipe, e garante que tem disponível vagas para acolher mais 10 idosos aos quais garantem tudo gratuitamente, incluindo alimentação, vestuários e medicamentos.
“Temos capacidade para albergar 18 idosos, até hoje nunca encheu, já há quatro anos. Não sei se as pessoas não têm conhecimento, porque é grátis e assumimos tudo. Não temos apoio financeiro por parte do estado, temos boas colaborações, mas não pedimos nenhum apoio financeiro e se alguém quiser vir ao nosso lar, é bem-vindo, assumimos tudo, desde a alimentação, vestuários, até saúde”, Amir Abbas.
O da Associação Humanity First, que durante a entrevista no programa radiofónico “Comunidades” da RSTP, sublinhou que neste momento 8 idosos estão ao cuidado da organização.
A iniciativa faz parte de um conjunto de projetos que a organização tem vindo a realizar ao longos de vários anos para a proteção das crianças, incluindo a construção de casas sociais para as famílias mais vulneráveis em diversas comunidades do país, principalmente, as afetadas pelos incêndios residenciais.
Amir Abbas destacou que os problemas nas relações têm levado à separações deixando as crianças vulneráveis, e por isso também “tem estado a aumentar os casos de abusos sexuais de menores”.
“Neste caso, a sociedade, mesmo o Governo precisa tomar algumas medidas para salvar o nosso futuro”, defendeu o responsável da comunidade islâmica em São Tomé e Príncipe, Amir Abbas,
“Vamos albergar crianças abandonadas ou órfãos que estão abandonados, que vivem com tias, avós, que por vezes não têm condições, então vamos ajudar a nossa sociedade”, acrescentou.
A associação tem realizado outras atividades, nomeadamente distribuição mensal de alimentos para famílias necessitadas e a promoção de campanhas de sensibilização ambiental, incluindo a limpeza de praias, segundo o responsável da comunidade islâmica em São Tomé e Príncipe.
“Limpeza também faz parte da nossa fé e nossa religião nos educa muito, porque o ambiente é muito importante para a nossa sociedade, então apelamos a toda a comunidade de São Tomé e Príncipe para que respeite as regras de limpeza, colocando lixo no local próprio, especialmente”, concluiu.