“Mentes Soltas”, primeira obra coletiva dos Escritores das Realidades lançada em São Tomé

Apesar de vários desafios que o grupo enfrentou para a aquisição da obra, a ambição é que este livro chegue ao máximo número de jovens possíveis e faça parte do plano de leitura ao nível nacional.

Cultura -
Mentes Soltas

Os Escritores das Realidades, grupo composto por 15 jovens são-tomenses, lançaram em São Tomé a primeira obra coletiva intitulada “Mentes Soltas”, com 24 contos e dois poemas, sobre temas diversificados focados nos adolescentes e jovens.

Fazem parte desta obra, temas como a desigualdade social, maus-tratos, discriminação, humildade, solidariedade, amizade, violência doméstica, conflitos de valores intergeracionais e também o imaginário mundo de aventuras.

São coisas que nós vivemos e presenciamos e talvez escrevemos para ver se pode mudar [a sociedade]. Então, escrevemos o livro para os jovens de modo a lhes trazer um pouco para o mundo da leitura, porque quando escrevemos, eramos adolescentes, sabíamos as necessidades dos adolescentes, então foi por essa razão que escrevemos este livro”, disse a presidente do grupo Escritores das Realidades, Marinela Neto.

Edlázia Gomes, é uma das jovens escritoras desta obra, e escreveu dois textos, nomeadamente, “A promessa do diabo” e “A verdadeira Riqueza”.

Eu baseei num facto real que aconteceu com um dos meus familiares, por exemplo, a história ´A verdadeira riqueza`, retrata sobre um casal em que o marido era o pescador e a mulher palaiê e no dia a dia da sua vida, as vezes era de alegria, outros de tristeza, algumas discussões, mas no meio da história, ouve um auge para o pescador porque ele mudou de vida, mas a sua mulher ficou um pouco triste, mas no final tudo correu bem”, contou a jovem escritora.

O grupo é coordenado pelo professor e escritor são-tomense, Pedro Sequeira, que também participou na escrita da obra com dois textos, nomeadamente “A Sorte” e “O Dilema de Valores”.

É um sonho concretizado, sobretudo para esses jovens estudantes, porque esta é uma obra carregada de simbolismo para eles, porque muito deles nunca imaginaram pelo menos nessa tenra idade ter já um livro publicado com a participação deles”, precisou Sequeira.

O escritor adiantou ainda que o lançamento da obra representa “um motivo de orgulho e um sinal de que há esperança em relação a nação são-tomense”.

A obra representa um sinal de crença e o poder da esperança e a determinação da juventude são-tomense, porque este livro é um sinal de quando os jovens reúnem em torno de alguma coisa com o apoio certo essa coisa torna realidade”, sublinhou.

Apesar de vários desafios que o grupo enfrentou para a aquisição da obra, a ambição é que este livro chegue ao máximo número de jovens possíveis e faça parte do plano de leitura ao nível nacional.

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