A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) revelou que detém o relatório definitivo sobre os acontecimentos de 25 de novembro de 2022, que resultaram na tortura e morte de quatro homens em São Tomé, sem revelar a data para a sua divulgação.
O presidente da comissão executiva está organização que está no país, e reuniu-se com o primeiro-ministro e o Presidente da República, Carlos Vila Nova.
“Eu não tratei essa questão com o seu Presidente da República”, declarou Gilberto Veríssimo, após encontro hoje com Carlos Vila Nova, adiantanto que ainda não entrou o documento às autoridades são-tomense.
No mês passado, no seu regresso ao país, após ter participado numa das cimeira da CEEAC, na Guiné Equatorial, o Presidente da República havia anunciado que os representantes da agorariazação viriam a São Tomé para a presentação do relatório, mas tal não aconteceu desta vez.
“Brevemente serei eu a fazê-lo e brevemente será entregue o relatório à República Democrática de São Tomé. Agora, uma coisa que eu queria clarificar, a CEEAC não vai apresentar o relatório a mais ninguém”, sublinhou Veríssimo.
Além de não revelar uma data precisa para a divulgação do relatório, o presidente da comissão executiva da CEEAC desvalorizou as expectativas e especulações sobre o conteúdo do documento.
“A CEEAC não substitui os órgãos de justiça de São Tomé. Não substitui. Portanto, a CEEAC não fez um inquérito judicial para encontrar culpados e apresentar a justiça. Não fez. Portanto, isso não se encontrará no relatório”, disse.
E para que não restem dúvidas, o presidente da comissão da CEAAC sublinhou o que se poderá encontrar no relatório feito pelos peritos desta organização.
“O relatório tem, no fundo, recomendações. Depois do que aconteceu, o que é que as autoridades de São Tomé deveriam fazer. É basicamente isto que diz o relatório”, sublinhou o angolano, Gilberto Veríssimo, que assegurou ter a versão final do relatório “já tem algum tempo”.
Até ao momento, há apenas um condenado pelo envolvimento naquilo que a justiça considerou de tentativa de golpe de Estado, de 25 de novembro de 2022, enquanto dezenas de militares acusados pela tortura e morte de quatro homens continuam em liberdade e muitos em posição de chefia nas Forças Armadas de São Tomé e Príncipe.
