A Comissão Intersindical de educadores e Professores de São Tomé e Príncipe, declarou que não está “totalmente” satisfeita com as previsões do Orçamento do Estado para 2025 relativamente as melhorias das condições para os docentes, mas enalteceu a abertura do Governo para melhorias, após a aprovação do OGE.
O presidente da Intersindical, Clementino Boa Morte, pontuou que há pelo menos três questões essenciais que querem ver resolvidas.
“Estou a referir ao aumento salarial, estatuto de carreira docente e também estou a referir a progressão na carreira, ou seja, a mudança de categoria dos professores”, disse.
O líder da intersindical falava a saída do encontro com o primeiro-ministro, Américo Ramos, e os ministros das Finanças e da Educação, antes do debate do OGE, que decorre esta segunda e terça-feira no parlamento.
“Nós analisamos o que é a proposta para os professores no Orçamento Geral do Estado para 2025. Não sendo totalmente satisfeitos, nós como tínhamos já agendados a reunião com o primeiro-ministro, então trouxemos a mesma preocupação para que consigamos avançar para uma proposta no orçamento que vai ser discutida a partir de segunda-feira”, precisou.

“Existem propostas, tanto para o aumento salarial, como as outras exigências nossas, só que serão discutidas sectorialmente depois da aprovação do Orçamento Geral do Estado”, acrescentou.
Os docentes adiantaram que o chefe do governo está aberto para continuar a negociar de forma que as exigências feitas no memorando do entendimento sejam todas elas ultrapassadas.
“Nesse momento a nossa maior preocupação é negociar as melhores condições para o aumento salarial e para a integração dos 538 professores que estão propostos para a mudança de categoria”, concluiu Clementino Boa Morte.
Na semana passada, a intersindical denunciou o Governo por falta de compromisso para o cumprimento do memorando de entendimento assinado com o executivo anterior que prevê medidas para melhorar a situação dos docentes, sobretudo o aumento salarial.
Segundo a Comissão Intersindical “dos 22 pontos que constituem o referido compromisso”, assinado com o governo, liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, que pôs fim a greve geral na educação no ano “somente uma pequena parte está a ser cumprida”.
“Quanto ao subsídio de transporte, não tem havido um cumprimento integral (…) o processo para (a) mudança de categoria está bastante moroso e ainda não se tem nenhuma informação relativamente a promoção de professores com largos anos de serviço”, denunciou o porta-voz da Intersindical, Emerson Ferreira.
A comissão reclama ainda a falta de informação sobre processo do reajuste salarial já anunciado pelo Governo para este ano.
