Mortes por tuberculose aumentaram em São Tomé e Príncipe em 2024

A doença ataca mais os homens, em comparação com as mulheres, sendo que a faixa etária vai dos 20 aos 50 anos.

País -
Tuberculose

As mortes por tuberculose aumentaram em São Tomé e Príncipe, saindo de 7, em 2023 para 15, em 2024, segundo os dados avançados pela coordenadora do Programa Nacional de Luta Contra Tuberculose, que apontou um aumento de casos da doença, de 106, em 2023, para 129, em 2024.

Infelizmente ainda há muita gente que morre com a tuberculose em São Tomé e Príncipe, o que não deveria ser, porque uma tuberculose detectada há tempo e hora, temos medicamentos suficientes para tratar todos os nossos pacientes de tuberculose e eles devem ser curados [porque] a tuberculose é uma doença que tomando medicamento corretamente, seis meses depois a pessoa já fica curada”, disse à RSTP, Alzira do Rosário, que falava no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, assinalado a 24 de março.

De acordo com a responsável muitos destes casos estão relacionados ao estigma no país o que faz com que a “população ainda tem um pouco de receio” e “vergonha de se identificar”, sobretudo aquando das campanhas de recolha de “material de análise” e diagnóstico precose.

Infelizmente, por causa do estigma e de um deixar andar da nossa população, ainda morre algumas pessoas com a tuberculose”, revelou a responsável.

Tuberculose

Segundo a responsável, as populações mais vulneráveis, são as que mais sofrem com esta doença no arquipélago, sendo que a incidência maior está nos distrito Água Grande e de Lembá.

De acordo com a coordenadora, “a tuberculose é uma doença que afeta as populações desfavoráveis e com menos recursos”, mas alertou que qualquer “pessoa pode contrair a doença”, incluindo “as pessoas alcoólatras, diabéticas, os maus nutridos, sobretudo os idosos, que contraem a tuberculose facilmente”.

Para isso, a Coordenadora do Programa Nacional de Luta contra Tuberculose, HIV/SIDA, ISTs e Hepatites Virais, apontou algumas medidas de prevenção para combater esta doença no país.

Como sabe, a tuberculose é transmitida através de gotículas, falando ou expirando. Uma das primeiras medidas é ter distancia ao conversar com as pessoas e a outra, é sobretudo ter uma casa arejada, porque a tuberculose, nós quando detetamos que a pessoa está com a doença, ela já conviveu com a família, sem saber que está com a tuberculose”, disse.

O mais importante é ter uma casa arejada, com portas e janelas sempre abertas por onde passa o ar e assim diminuir um pouco as gotículas por onde passa o ar, onde o companheiro ou a companheira pode respirar este ar”, concluiu Alzira do Rosário.

Tuberculose

A doença ataca mais os homens, em comparação com as mulheres, sendo que a faixa etária vai dos 20 aos 50 anos.

Últimas

Topo